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Governo Trump flexibiliza regras para ataques com drones

Essa política é contrária às diretrizes de Barack Obama durante sua presidência, que estabeleciam que os ataques com drones deveriam ser confiados aos militares de alto escalão

Agência France-Presse
postado em 14/03/2017 17:45

O governo de Donald Trump deu mais liberdade ao Pentágono e à Agência Central de Inteligência (CIA) para realizar ataques com drones (veículo aéreo não tripulado) contra alvos extremistas no Oriente Médio, de acordo com a imprensa americana.

[SAIBAMAIS]Essa política é contrária às diretrizes de Barack Obama durante sua presidência, que estabeleciam que os ataques com drones deveriam ser confiados aos militares de alto escalão e, na maioria dos casos, aprovados em um processo intergovernamental em Washington antes de serem realizados.

O jornal Wall Street Journal assinala em sua edição desta terça-feira que "o presidente Donald Trump outorgou à CIA, em segredo, novos poderes para realizar ataques com drones contra os suspeitos de terrorismo".

Essa extensão de poderes foi colocada em prática pela primeira vez no fim de fevereiro, durante um bombardeio contra o número dois da Al-Qaeda na Síria, Abu Jeir al-Masri, indica o jornal, baseado em informações de funcionários americanos não identificados.

É comum que militares americanos acabem confirmando suas operações, embora costumem se negar a dar qualquer informação sobre este tipo de ataque. Ao ser questionada pela AFP, a CIA se recusou a fazer comentários.

A administração Trump também autorizou o Pentágono a efetuar ataques com drones, ou operações de comandos no Iêmen sem pedir autorização prévia à Casa Branca, indicou na segunda-feira o The New York Times.

Segundo a publicação, o governo também deverá dar a mesma liberdade na Somália. A administração Obama multiplicou os ataques com drones contra os extremistas no Oriente Médio, enquanto estabeleceu um marco para tentar evitar abusos e vítimas civis.

Nesses ataques morreram, pelo menos, 2.581 combatentes e entre 64 e 116 civis desde 2009, segundo um balanço publicado pelo governo Obama, que se refere somente aos países que não são considerados pelos Estados Unidos como uma zona de guerra. Várias ONGs consideram que esse balanço está distante da realidade.

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