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Inteligência não encontra provas sobre escutas denunciadas por Trump

Presidente dos EUA acusou Obama de ter colocado escutas em seu edifício de Nova York

Agência France-Presse
postado em 15/03/2017 17:43
Trump tuitou que Obama teria colocado escutas na Torre Trump de Nova York antes da eleição, em 8 de novembroCongressistas dos Estados Unidos de uma Comissão de Inteligência afirmaram nesta quarta-feira (15/3) que não possuem provas que sustentem as acusações do presidente Donald Trump de que seu antecessor, Barack Obama, colocou escutas em seu edifício de Nova York.

"Não temos nenhuma prova de que [as escutas] existiram", disse durante coletiva de imprensa Devin Nunes, um republicano presidente do comitê do Congresso que investiga as acusações.

"Não acredito que houvesse escutas reais na Torre Trump", disse Nunes com base nas investigações do Comitê de Inteligência da Câmara de Representantes, comandada por ele, que também investiga a suposta interferência russa na eleição presidencial.

O principal membro democrata da Câmara, Adam Schiff, apoiou esta conclusão.

"Até agora não foi achada nenhuma prova que sustente a afirmação do presidente Trump de que seu antecessor colocou escutas nele e em seus sócios na Torre Trump", disse Schiff à imprensa.

Em 4 de março, Trump tuitou que Obama teria colocado escutas na Torre Trump de Nova York antes da eleição, em 8 de novembro.

"Terrível! Acabo de saber que Obama grampeou minhas linhas [telefônicas] na Torre Trump logo antes da vitória", escreveu. "Isso é McCartismo".

Os tuítes geraram uma enorme polêmica, principalmente por nunca antes um presidente dos Estados Unidos ter acusado desta forma seu antecessor.

Como presidente, Trump tem acesso a provas secretas da Inteligência com essas informações.

"Me preocupo profundamente por um presidente fazer tais acusações sem fundamento", disse Schiff.

Nunes e Schiff disseram que não esperam encontrar provas que respaldem as acusações quando o diretor do FBI, James Comey, fizer sua declaração ao Comitê de Inteligência da Câmara de Representantes, na segunda-feira.

Neste dia, o diretor da Agência Nacional de Segurança, Michael Rogers, também fará sua declaração.

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