Agência France-Presse
postado em 16/03/2017 12:22
Grupos armados líbios assinaram um acordo de cessar-fogo em Trípoli, impulsionado pelo Governo de União Nacional (GNA), após quatro dias de combates que paralisaram a capital, anunciou nesta quinta-feira o ministério da Defesa.
Segundo um comunicado, o acordo prevê um "cessar-fogo imediato" na capital, a partida dos grupos armados de Trípoli em um prazo de 30 dias, assim como a libertação de pessoas detidas nos últimos quatro dias.
O acordo foi assinado pelo GNA, pelos ministérios da Defesa e do Interior e pelos chefes dos grupos armados de Trípoli e Misrata, cidade do oeste líbio de onde são originários vários grupos armados presentes na capital.
As forças leais ao GNA foram contratadas para garantir a segurança dos setores que estavam sob o controle dos grupos rivais, segundo o acordo alcançado na quarta-feira.
Na noite de quarta, os combates se concentraram no bairro de Salahedin, no sul da capital, onde várias milícias rivais ocupam quartéis militares.
Mas na manhã desta quinta a situação estava tranquila na capital e em sua periferia.
As forças leais ao GNA conseguiram maior influência na capital ao conquistar vários setores que estavam nas mãos das milícias rivais, entre elas as leais ao ex-chefe de governo não reconhecido, Khalifa Ghweil, afastado do poder em Trípoli após a formação do GNA.
Os combates começaram na noite de segunda-feira após o assassinato de um dos guardas de um banco.
A capital líbia está afundada em uma insegurança crônica desde a queda de Muanmar Kadhafi, em 2011. Dezenas de milícias disputam o poder.
O GNA, apoiado pela ONU, obteve a adesão de algumas milícias desde que entrou em funções, em março de 2016, mas seguem existindo setores em Trípoli fora de seu controle.