;Minha querida, eu estou ficando velho! Trabalhei nesse disco por um longo período. Agora, posso pendurar meus sapatos!”, declarou recentemente Charles Edward Anderson Berry, 90 anos, ao dedicar o primeiro álbum em 38 anos à mulher, Themetta Berry, 68. Às 13h26 de ontem (15h26 no Brasília), Chuck Berry, a lenda do rock n;roll, teve a morte atestada pela polícia de St. Charles County, no Missouri. O músico que influenciou diretamente bandas como The Beatles e The Rolling Stones deixa sucessos imortalizados, como Johnny B. Goode, Maybellene, Roll over Beethoven, Sweet Little Sixteen, Rock and Roll Music, Back In The U.S.A. e Memphis, Tennessee.
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;Infelizmente, o senhor de 90 anos não pôde ser reanimado e foi pronunciado falecido às 13h26. O Departamento de Polícia de St. Charles Country tristemente confirma a morte do senhor Charles Edward Anderson Berry, mais conhecido como o lendário músico Chuck Berry;, afirmou a polícia, em sua página no Facebook. Depois de receberem um telefoma de emergência às 12h40, os socorristas encontraram Berry inconsciente e realizaram técnicas de ressuscitação, sem sucesso.
Berry começou a carreira em 1957 com o álbum Rock Rock Rock. Ao todo, foram 20 discos de estúdio, 11 gravados ao vivo e 34 álbuns de compilação. Em 1985, foi um dos primeiros a ter o nome eternizado no Rock and Roll Hall of Fame, um museu que homenageia os astros do rock, em Cleveland (Ohio). No mesmo ano, ganhou o Grammy na categoria Lifetime Achievement, que premia o artista pelo conjunto da obra.
[SAIBAMAIS]
Por meio do Twitter, a banda The Rolling Stones lamentou a morte e admitiu estar ;profundamente entristecida;. ;Ele foi um pioneiro verdadeiro do rock n;roll e uma influência massiva. Chuck Berry não foi apenas um guitarrista, cantor e artista brilhante, mas, mais importante, foi um mestre artesão e um compositor. Suas músicas viverão para sempre;, escreveu a banda, ao publicar uma foto antiga do músico. O beatle Ringo Starr, também rendeu homenagens. ;Descanse em paz. Paz e amor, Chuck Berry. O senhor rock n;roll. Apenas deixe-me ouvir algumas daquelas músicas do jeito velho jeito que você faz. Eu estou tocando. Estou falando de você. Deus abençoe Chuck Berry Chuck;, publicou Ringo nas redes sociais.
Brasileiros
A arquiteta paulistana Ana Claudia Savini, 39 anos, se lembra do show que assistiu em 2008, no HSBC Brasil, em São Paulo. ;O que mais me marcou foi quando ele desceu na minha frente, na calçada, na lateral da casa de shows. Foi super simpático e educado. Cumprimentou todo mundo que parou para falar com ele;, relata.
;O show foi curto, durou uns 40 minutos, mas ele tocou os maiores clássicos. No fim, chamou a mulherada que estava nas mesas mais próximas do palco para subirem e dançarem com ele;, acrescenta. Segundo ela, as músicas que mais lhe marcaram no show foram Johnny B. Goode ; ;por causa do filme De volta para o futuro, que marcou demais a minha inflância; ; e You never can tell, da trilha sonora de Pulp Fiction.
Vocalista e guitarrista da banda Alaska, André Ribeiro Claro, 24, também estava lá. ;Ele tinha uma maneira de se movimentar no palco e de se comunicar através da guitarra, que considero muito emocionante.
Com certeza, é uma das minhas maiores referências. Sou muito grato por ter tido a chance de assistir e de aprender tanto com essa lenda;, afirmou à reportagem. Na última apresentação no Brasil, em 12 de abril 2013, Berry estava bastante debilitado e cometeu erros, mas foi ovacionado pelo público.
O norte-americano Joe York, 34 anos, teve a oportunidade de trabalhar para Berry, cerca de seis anos atrás. ;Eu trabalhava numa empresa de mudança em St. Louis (Missouri), anos atrás. Era um grande cara. Até nos deu ingressos para um show, mas não pudemos ir. Mas eu não tinha nem ideia de quem era. Minha mãe me contou sobre como ele era famoso;, disse ao Correio. ;Ele nos tratou muito bem, nos deu comida e mostrou suas fotos. Também autografou uma das fotografias e nos entregou.;