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FBI confirma investigação sobre laços entre equipe de Trump e Rússia

O FBI "está investigando os esforços do governo russo para interferir na eleição presidencial de 2016", declarou Comey durante uma audiência na Comissão de Inteligência na Câmara de Representantes

Agência France-Presse
postado em 20/03/2017 12:33
O diretor do FBI, James Comey, confirmou pela primeira vez nesta segunda-feira uma investigação sobre as tentativas de interferência russa durante a corrida presidencial de 2016, e especialmente uma possível coordenação entre membros da campanha de Donald Trump e do Kremlin.

O FBI "está investigando os esforços do governo russo para interferir na eleição presidencial de 2016", declarou Comey durante uma audiência na Comissão de Inteligência na Câmara de Representantes.

Comey disse que "isso inclui investigar a natureza dos laços entre indivíduos associados à campanha de Trump e o governo russo e se houve alguma coordenação entre a campanha e os esforços da Rússia".
A declaração de Comey confirmou semanas de informações divulgadas pela imprensa americana segundo as quais a polícia federal investigava a explosiva acusação de que a surpreendente vitória de Trump sobre a democrata Hillary Clinton em novembro contou com a ajuda da Rússia.

As agências americanas de inteligência concluíram em janeiro que o presidente russo, Vladimir Putin, esteve por trás das tentativas de interferência.

Mas não haviam comentado publicamente se estavam sendo examinados os laços entre os integrantes da campanha de Trump e funcionários russos.

O chefe da comissão, o deputado republicano Devin Nunes, iniciou a sessão, a primeira audiência pública sobre o tema, afirmando que este painel "não havia visto evidências até a data de que membros da campanha conspiraram com agentes russos".

Mas o democrata Adam Schiff detalhou uma lista de supostos vínculos e comunicações entre a equipe de Trump e a Rússia.

"É possível que todos estes eventos e relatos sejam completamente desconexos e apenas uma infeliz coincidência? Sim, é possível", disse.

"Mas também é possível, talvez mais que possível, que não sejam uma coincidência, que não estejam desconectados e não sejam desconexos", acrescentou.

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