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Polícia britânica confirma quatro mortos em atentado, em Londres

Ao menos 20 pessoas ficaram feridas no ataque próximo ao Parlamento da capital da Inglaterra

Agência France-Presse
postado em 22/03/2017 15:13
Ao menos outras 20 pessoas ficaram feridas
A polícia de Londres confirmou, no início da tarde desta quarta-feira (22/3), que quatro pessoas morreram em um ataque próximo ao Parlamento da capital inglesa. Uma das vítimas é um policial, que foi esfaqueado. O suspeito do ataque também foi morto. Segundo informações iniciais, as outras duas vítimas teriam sido atropeladas durante o atentado.

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[SAIBAMAIS]Ao menos outras 20 pessoas ficaram feridas após um homem, ainda não identificado, entrar com um carro na ponte de Westminster. O suspeito foi morto pela polícia e aparentava agir sozinho. As autoridades locais confirmaram que estão tratando o incidente como um atentado terrorista. Os prédios próximos ao ataque estão fechados.

Centenas de pessoas tiveram de sair do Parlamento e seguiram para a Abadia de Westminster. No rio Tâmisa, barcos da polícia bloqueiam o caminho entre as pontes Westminster e Lambeth.

Segundo várias testemunhas, primeiro o homem atropelou vários pedestres na ponte de Westminster, que leva ao Parlamento e ao Big Ben, principal atração turística da capital inglesa.

"Ao menos dez pessoas foram atendidas na Westminster Bridge", anunciaram os serviços de emergência.

Uma mulher, que teria saltado no rio Tâmisa para escapar do veículo, foi resgatada gravemente ferida, segundo a imprensa local. Além disso, o ministério das Relações Exteriores francês indicou que três estudantes franceses estão entre os feridos. Eles estavam em uma viagem escolar. Dois estão em estado grave, informou a prefeitura de Finist;re, região de origem dos alunos.

Atropelamento


Após o atropelamento, o homem abandou seu veículo na calçada e correu em direção às grades do Parlamento, antes de esfaquear um policial. A polícia atirou contra ele quando tentava atacar um segundo agente.

"Nós estávamos tirando fotos do Big Ben quando todo mundo começou a correr e vimos um homem de cerca de 40 anos portando uma faca de cerca de vinte centímetros. Então ouvimos três tiros. Atravessamos a rua e vimos o homem sangrando no chão", relatou Jayne Wilkinson à agência britânica Press Association.

Os deputados foram confinados no Parlamento, antes de o edifício ser evacuado.

Reunião de crise


A primeira-ministra, Teresa May, discursava ante os parlamentares britânicos no início da tarde, mas o porta-voz do governo se recusou a confirmar se ela ainda estava no Palácio de Westminster ou nas proximidades quando ocorreu o ataque. A premiê irá presidir esta noite um gabinete de crise para discutir o ataque, indicou uma porta-voz do governo.

Apoio


O presidente americano, Donald Trump, telefonou para May, segundo o porta-voz da Casa Branca, que afirmou "condenar o ataque de Westminster que o Reino Unido considera um ato terrorista", assegurando Londres do pleno apoio de Washington.

Já a chanceler alemã, Angela Merkel, expressou seu apoio "aos amigos britânicos e a todos os habitantes de Londres".

Ela ressaltou ainda que "a Alemanha e seus cidadãos estão resolutamente ao lado dos britânicos na luta contra toda a forma de terrorismo".

Já o presidente francês, François Hollande, expressou solidariedade e apoio aos britânicos.

"Expressamos em nome da França toda a nossa solidariedade e todo o nosso apoio ao povo britânico e à primeira-ministra Teresa May", declarou o chefe de Estado em um breve discurso, acrescentando "o terrorismo atinge a todos nós. A França, que foi atingida recentemente, conhece o sofrimento do povo britânico hoje".

No Parlamento escocês em Edimburgo, os debates sobre o referendo da independência foram suspensos após o anúncio do incidente em Londres.

Uma autoridade da segurança afirmou que a Polícia escocesa estava revendo a segurança em Holyrood, o bairro de Edimburgo onde o Parlamento escocês está localizado.

A Scotland Yard anunciou no início de março que os serviços de segurança britânicos tinham "frustrado treze tentativas de ataque terrorista desde junho de 2013" no Reino Unido.

O nível de alerta terrorista no Reino Unido foi elevado desde agosto de 2014 a "grave", o quarto em uma escala de 5.

Após os ataques de novembro de 2015 na França, a Polícia anunciou a mobilização de mais 600 policiais armados em Londres, elevando o total a 2.800.

Comoção

O presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, já entrou em contato com a primeira-ministra britânica, Theresa May, segundo o porta-voz da Casa Branca Sean Spicer.
Donald Tusk, presidente do Conselho Europeu, afirmou no Twitter que a "Europa continua firme com o Reino Unido contra o terrorismo e está pronta para ajudar".

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