A China pediu nesta quarta-feira aos Estados Unidos que "respeitem seus compromissos" sobre o clima um dia depois de o presidente americano, Donald Trump, assinar um decreto que ordena a revisão das regulamentações para reduzir as emissões de CO2.
[SAIBAMAIS]Trump começou na terça-feira a revisar o plano do seu antecessor, Barack Obama, sobre o clima, prometendo uma renovação da indústria do carvão.
Na sede da Agência de Proteção Ambiental (EPA), Trump assinou o "decreto sobre a independência energética", que ordena revisar o "Clean Power Plan" (Plano de Energia Limpa), que obriga as usinas térmicas a reduzirem suas emissões de CO2.
"Minha administração acaba com a guerra ao carvão", afirmou Trump. O decreto gerou dúvidas sobre a atitude dos Estados Unidos em relação ao acordo de Paris sobre o clima, assinado em 2015 por mais de 190 países.
"Nossa opinião é que todas as partes devem (...) respeitar seus compromissos e tomar medidas concretas e voluntárias para implementar o acordo" de Paris, afirmou o porta-voz do Ministério de Exteriores chinês, Lu Kang, durante um encontro com a imprensa.
"Pouco importa que outros países mudem suas políticas climáticas. (...) A China não mudará sua determinação, seus objetivos e políticas em termos de mudanças climáticas", acrescentou.
Anunciando uma "nova era" no setor energético dos Estados Unidos, Trump insistiu na terça-feira na necessidade de suprimir várias regulações ambientais "inúteis e destruidoras de empregos".