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Ex-assessora de segurança de Obama nega acusações de espionagem a Trump

Rice admitiu que Obama ordenou uma ampla investigação sobre como a Rússia poderia ter interferido nas eleições de 2016

A ex-assessora de segurança da Casa Branca, Susan Rice, negou nesta terça-feira ter recorrido a arquivos oficiais de inteligência para obter informação política contra o presidente dos Estados Unidos Donald Trump.

Enquanto os republicanos tentam desviar a atenção pública para as acusações não comprovadas de que o governo de Barack Obama espionou Trump, Rice disse que seus últimos meses na Casa Branca se concentraram na interferência da Rússia na eleição que levou Trump ao poder.
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"A acusação é que de alguma forma os funcionários do governo de Obama utilizaram a inteligência para fins políticos. Isso é absolutamente falso", disse à rede de televisão MSNBC.

Mais cedo, Trump retuitou uma mensagem que alega que Rice ordenou a compilação de um relatório onde se detalhavam as conversas telefônicas entre assessores de Trump e funcionários estrangeiros, que foram interceptadas pelas agências de inteligência dos Estados Unidos.

Na segunda-feira, dois relatórios -sem provas- afirmam que Rice ajudou a revelar a identidade dos funcionários de Trump, cujas comunicações foram rastreadas.

Rice garantiu que Obama ordenou uma ampla investigação sobre como a Rússia poderia ter interferido nas eleições de 2016, e admitiu que isso pôde ter resultado na inteceptação das comunicações de assessores de Trump pela inteligência americana.

"Desde o início de agosto até o final do governo (em 20 de janeiro) ouvimos cada vez mais informações sobre a ingerência da Rússia em nosso processo eleitoral, o que foi motivo de grande preocupação", disse.

"Houve um ritmo de relatórios que se acelerou à medida que a comunidade de inteligência obteve mais e mais informação sobre isso", acrescentou.