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Comunidade internacional compromete US$ 6 bi para a Síria

"As delegações presentes aqui hoje fizeram uma promessa coletiva de 6 bilhões de dólares apenas para este ano", anunciou o comissário europeu de Ajuda Humanitária, Christos Stylianides

Agência France-Presse
postado em 05/04/2017 15:45

Os participantes da conferência internacional sobre a Síria se comprometeram nesta quarta-feira a aportar 6 bilhões de dólares de ajuda em 2017, em uma reunião em Bruxelas marcada pelo suposto ataque químico contra um bastião rebelde.

[SAIBAMAIS]"As delegações presentes aqui hoje fizeram uma promessa coletiva de 6 bilhões de dólares apenas para este ano", anunciou o comissário europeu de Ajuda Humanitária, Christos Stylianides.

O responsável europeu não informou se essa ajuda humanitária, destinada a apoiar a população síria, os refugiados sírios e as comunidades que os acolhem em países vizinhos, é nova ou se são recursos de fundos comprometidos pela comunidade internacional anteriormente.

Em 2016, os participantes de uma coletiva similar celebrada em Londres comprometeram 6 bilhões de dólares para esse mesmo ano, assim como outros 6 bilhões para o período de 2017 a 2020.

A ONU estima que precisa em 2017 de aproximadamente 8,1 bilhões de dólares para financiar suas programas de ajuda humanitária, deles quase 4,7 bilhões para os refugiados sírios e os países da região que os recebem.

O Alto Comissariado das Nações Unidas para os Refugiados (Acnur) e o Programa das Nações Unidas para o Desenvolvimento (PNUD) informaram na véspera que a ONU só havia recebido 433 milhões de dólares dos 4,63 bilhões que consideravam necessários para ajudar em 2017 cinco milhões de refugiados no Egito, no Iraque, na Jordânia, no Líbano e na Turquia, principalmente.

"A situação é cada vez mais desesperadora", alertou o alto comissário da ONU para os refugiados, Filippo Grandi. "Já estamos vendo crianças que não podem ir à escola, famílias que não podem ter um acesso a um refúgio adequado ou cobrir suas necessidades básicas", acrescentou.

O primeiro-ministro libanês, Saad Hariri, cujo país acolhe 1,5 milhão de refugiados sírios, pediu que os doadores "invistam na paz apoiando a estabilidade", e ressaltou que "a situação atual no Líbano é uma bomba-relógio".

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