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Moscou pede 'cooperação' a Washington

A diplomacia russa informou em um comunicado que esperava "negociações produtivas" com Tillerson, que realizará uma visita de dois dias

Agência France-Presse
postado em 11/04/2017 10:26
Moscou, Rússia - A Rússia pediu nesta terça-feira (11/4) aos Estados Unidos uma "cooperação construtiva", e não a um "confronto", pouco antes da chegada a Moscou de Rex Tillerson em sua primeira visita como secretário de Estado do país norte-americano. A diplomacia russa informou em um comunicado que esperava "negociações produtivas" com Tillerson, que realizará uma visita de dois dias.

O secretário de Estado americano, cuja opinião é muito esperada após as firmes posições da administração Trump contra o regime sírio, se reunirá com seu colega russo, Serguei Lavrov. Os dois políticos abordarão a crise ucraniana e o conflito sírio, assim como a luta antiterrorista, Líbia, Iêmen, Afeganistão e Coreia do Norte, segundo a diplomacia russa.
O porta-voz do Kremlin, Dimitri Peskov, afirmou, no entanto, na terça-feira que não podia confirmar se estava previsto um encontro com o presidente Vladimir Putin. "Não buscamos o confronto, mas uma cooperação construtiva. Esperemos que também seja o que os Estados Unidos querem", afirmou a diplomacia russa em um comunicado.

"É por isso que nas próximas negociações queremos acima de todo compreender em que medida os Estados Unidos são conscientes da necessidade de estabilizar e normalizar nossas relações", prossegue o ministério. A Rússia, que atravessa "o período mais difícil desde o fim da Guerra Fria" em suas relações com os Estados Unidos, diz estar "aberta ao diálogo mais franco possível".

A viagem de Tillerson a Moscou ocorre depois do ataque americano contra uma base aérea síria, na madrugada de 7 de abril, ordenado em resposta a um ataque químico atribuído ao regime de Damasco que deixou 87 mortos dois dias antes em Khan Sheikhun, no noroeste da Síria.

A Rússia, que desmente qualquer responsabilidade de Damasco no suposto ataque químico, denunciou o bombardeio classificando-o de "agressão contra um Estado soberano".

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