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Oposição denuncia terceira morte a tiros em protestos na Venezuela

O parlamentar atribuiu a culpa pelo ocorrido a "coletivos", organizações civis que apoiam o chavismo, e que a oposição denomina como quadrilhas armadas

Agência France-Presse
postado em 12/04/2017 16:09

Um adolescente de 14 anos morreu na noite de terça-feira (11/4) na Venezuela após ter sido baleado durante um protesto contra o governo de Nicolás Maduro, denunciou nesta quarta-feira (12/4) o deputado opositor Alfonso Marquina.

[SAIBAMAIS]"Acabam de confirmar a morte de um garoto de 14 anos de idade, Brayan Principal, que foi atingido ontem à noite por um disparo no abdômen", durante uma manifestação na cidade de Barquisimeto (estado de Lara, oeste), escreveu Marquina em sua conta no Twitter.

O parlamentar atribuiu a culpa pelo ocorrido a "coletivos", organizações civis que apoiam o chavismo, e que a oposição denomina como quadrilhas armadas.

"Toda minha solidariedade à família (...) e meu compromisso de luta para que essa morte dolorosa não permaneça impune", acrescentou.

Dois jovens de 19 anos morreram baleados nos dias 6 e 11 de abril nas proximidades de Caracas e Valencia, no ápice das mobilizações que a oposição realiza desde o começo deste mês contra o governo do presidente Nicolás Maduro.

As mortes foram confirmadas pela Justiça, ainda que o governo argumente que a pessoa falecida nas proximidades da capital não participava do protesto.

Em ambos os casos, as mortes supostamente ocorreram devido a disparos feitos pelos policiais enquanto atuavam no desbloqueio de vias ocupadas pela manifestação.

Os protestos decorreram após a divulgação de um parecer que determinou que o Supremo Tribunal da Justiça (STJ) assumisse as funções do Parlamento, que tem em sua maioria políticos da oposição, deixando os deputados sem imunidade política. As sentenças foram anuladas parcialmente após um forte repúdio da comunidade internacional.

As manifestações resultaram em fortes confrontos entre os manifestantes e forças policiais e militares, que já deixaram dezenas de feridos e mais de cem detidos.

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