A Casa Branca tentou se distanciar, nesta quarta-feira (12), de Carter Page, assistente de campanha do presidente Donald Trump, após a revelação de que ele foi investigado pela Polícia Federal americana (FBI) no ano passado por vínculos com a Inteligência russa.
Durante a campanha de 2016, o então candidato Trump se referiu a Page como um de seus assessores em Política Externa.
Agora, vem à tona que os procuradores federais e um juiz do Tribunal da Inteligência suspeitavam de que o ex-banqueiro instalado em Moscou também trabalhava para os russos, ou com eles.
A Casa Branca tenta também minimizar os vínculos de Page e Trump durante a campanha.
Um funcionário da Presidência disse à AFP que Page nunca se reuniu com Trump, que não tinha identificação de campanha e que foi mencionado como assessor apenas porque o magnata sentia a pressão de provar que tinha conselheiros para suas políticas.
A fonte consultada pela AFP admitiu, porém, que Page pode ter escrito memorandos políticos para a campanha.
O FBI não quis comentar essas últimas informações, no momento em que se investiga a possível interferência de Moscou na eleição presidencial americana em 2016. Os democratas afirmam que esse processo pode ter contribuído para a derrota de sua candidata, a ex-secretária de Estado Hillary Clinton, e para a consequente vitória de Trump.