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América Latina e Europa veem fim de rede de tráfico de pornografia infantil

As 38 prisões realizadas até agora ocorreram em quinze países, principalmente Argentina, México, Colômbia, Peru, Alemanha, Itália, Portugal e Espanha

Agência France-Presse
postado em 18/04/2017 12:26
Lyon, França - Trinta e oito pessoas foram presas na América Latina e na Europa no âmbito do desmantelamento de uma rede de tráfico de material pornográfico infantil através de celulares, anunciaram nesta terça-feira as organizações de polícia Interpol e Europol. Esta operação, lançada pela Polícia nacional espanhola em coordenação com a Interpol e a Europol, tinha como alvo indivíduos que trocavam imagens e vídeos de pornografia infantil através do aplicativo Whastapp de seus celulares.

Mais de 300 elementos materiais - computadores, celulares, tablets, ;hds; - foram apreendidos para ser analisados nesta operação, na qual participaram policiais de quinze países da América Central e América do Sul, afirmou a organização internacional de cooperação policial Interpol, com sede em Lyon (centro-leste da França). "As prisões e as buscas nas casas levaram à apreensão de centenas de dispositivos, com vários terabytes de imagens de pornografia infantil", informou, por sua vez, a agência de polícia europeia Europol em um comunicado.


As 38 prisões realizadas até agora ocorreram em quinze países, principalmente Argentina, México, Colômbia, Peru, Alemanha, Itália, Portugal e Espanha. A investigação começou em 2016. A Polícia nacional espanhola começou examinando a rede Tor, que permite navegar pela internet de forma anônima. Mas, depois de ter encontrado "provas claras de um compartilhamento prolífico de imagens indecentes", os investigadores descobriram vínculos com usuários de grupos privados de Whatsapp, afirmou a Europol, que tem sede em Haia (Holanda).

"Um total de 25 grupos, formados por convite unicamente, estão sendo analisados", afirmou a Europol, que se referiu a uma "rede criminosa interconectada". Os investigadores conseguiram identificar mais de 130 suspeitos, elaborando vários arquivos de inteligência em relação ao caso e seu envolvimento. Centenas de imagens e de vídeos foram compartilhados entre Interpol e Europol mediante a base de dados internacional sobre a exploração sexual de crianças da Interpol (ISE).

O material recuperado está sendo examinado "com o objetivo de identificar as crianças que são vítimas destes crimes e de salvá-las da perigosa situação" na qual se encontram, destacou o comunicado da Europol. Na operação participaram Argentina, Bolívia, Chile, Colômbia, Costa Rica, Equador, El Salvador, Alemanha, Guatemala, Itália, México, Paraguai, Peru, Portugal e Espanha.

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