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Poluição com plástico aumenta nas águas do Ártico

Mares ao leste da Groenlândia e ao norte da Escandinávia são um beco sem saída para os plásticos

Embora poucas pessoas vivam no Ártico, alguns mares dessa região estão fortemente poluídos com plástico devido a uma corrente do oceano Atlântico que arrasta os resíduos até lá, afirmaram pesquisadores nesta quarta-feira (19/4).

Em 2013, os cientistas a bordo da goleta francesa Tara, entre eles o espanhol Andrés Cózar, da Universidade de Cádiz, ficaram surpresos ao ver que os mares ao leste da Groenlândia e ao norte da Escandinávia são um beco sem saída para os plásticos, disse o relatório publicado na revista Science Advances.

As descobertas "ressaltam a importância de gerenciar adequadamente o lixo plástico na sua origem, porque uma vez que este chega ao oceano, seu destino pode ser imprevisível", disse o estudo.

O fenômeno que faz com que os mares da Groenlândia e de Barents se transformem em uma lixeira é a circulação termoalina, uma corrente que transporta restos de plástico até a zona através das águas.

A rota do plástico através do Atlântico Norte também foi rastreada por satélite, utilizando 17.000 boias oceânicas.

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O estudo estima que os resíduos na zona chegam a centenas de toneladas, e incluem fios e redes de pesca, filmes plásticos, fragmentos e partículas.

Uma quantidade similar de plástico pode ser encontrada em áreas mais próximas ao equador.

Os pesquisadores disseram que as grandes quantidades de filmes plásticos sugerem que "o plástico viajou desde origens distantes, entre elas as costas do noroeste da Europa, Reino Unido e a costa leste dos Estados Unidos".

O estudo aponta que o plástico que flutua no Ártico representa menos de 3% do total mundial, mas alerta que este continuará se acumulando nos próximos anos.