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Europol investiga criação de rede social pelo grupo Estado Islâmico

Na semana passada, a agência europeia realizou uma operação de 48 horas contra a propaganda na internet de grupos terroristas e extremistas

Agência France-Presse
postado em 03/05/2017 17:38
A Europol investiga a possível criação pelo grupo Estado Islâmico (EI) e outras organizações terroristas de uma rede social para difundir seu conteúdo de propaganda e obter financiamento evitando os controles de segurança.

"Investigamos atualmente a possibilidade de que o EI e outros grupos terroristas ponham em marcha uma rede social", indicou nesta quarta-feira Jan Op Gen Oorth, encarregado de comunicação do escritório da polícia europeia.

"Continuamos tentando identificar o conjunto dos detalhes importantes, entre eles quem criou (essa rede) e com que objetivo", explicou Oorth à AFP, destacando que os primeiros indícios pareciam revelar vínculos com o EI e outros grupos terroristas.

Na semana passada, a agência europeia realizou uma operação de 48 horas contra a propaganda na internet de grupos terroristas e extremistas, com a ajuda das polícias belga, grega, polonesa, portuguesa e americana.

A partir desta investigação, a Europol considerou "nocivos e ilegais" cerca de 2.000 conteúdos publicados online em seis idiomas diferentes e pediu aos provedores de serviços da internet que os retirassem do ar.

"Este ataque coordenado contra a propaganda terrorista na internet se concentrou principalmente na produção on-line de material terrorista por órgãos midiáticos afiliados ao EI e à Al Qaeda" e nas contas utilizadas "para radicalizar, recrutar e dirigir atividades terroristas", informou a Europol.

Segundo a polícia europeia, "os esforços realizados por numerosas plataformas on-line para retirar o conteúdo inapropriado levaram os partidários de grupos terroristas a usar de forma simultânea múltiplas redes para promover o terrorismo e incitar a violência".

"Também estão buscando novos provedores de serviços para garantir que suas mensagens alcancem seus possíveis seguidores", acrescentou a Europol.

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