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Macron entra com ação por divulgação de 'notícias falsas' a seu respeito

Sua concorrente nas eleições francesas, Marine Le Pen, insinuou que ele possuía "uma conta offshore nas Bahamas"

Agência France-Presse
postado em 04/05/2017 10:06
Sua concorrente nas eleições francesas, Marine Le Pen, insinuou que ele possuía

Emmanuel Macron entrou com uma ação nesta quinta-feira contra X por "divulgar notícias falsas", depois que sua rival na eleição presidencial da França, Marine Le Pen, insinuou que ele possuía "uma conta offshore nas Bahamas", anunciou a equipe do candidato centrista. "Nós não hesitaremos em processar por difamação qualquer um que reproduza esta informação falsa", acrescentou a comitiva de Macron, de 39 anos, favorito para o segundo turno da eleição presidencial no domingo.

De acordo com uma fonte próxima ao caso, a queixa visa "elementos que circularam na quarta-feira à noite na internet" sobre uma suposta evasão fiscal nas Bahamas. A Procuradoria de Paris abriu uma investigação após a denúncia, segundo uma fonte judicial.

Na quarta-feira, durante o debate entre os dois candidatos, a líder da extrema-direita Marine Le Pen declarou: "Espero que a gente não descubra que você tem uma conta offshore nas Bahamas...". O candidato centrista, ex-banqueiro cujo pequeno patrimônio declarado levantou questionamentos, denunciou no mesmo debate uma "difamação".

Nesta quinta-feira de manhã, Macron negou as insinuações e denunciou "falsos anúncios e mentiras" provenientes de "certos sites ligados a interesses russos." Ele acusou Le Pen de fomentar esta "manobra" com suas "tropas na internet" e espalhar "fake news".

A equipe do candidato centrista emitiu uma declaração refazendo os diferentes passos da propagação dessa "notícia falsa", partindo de uma postagem anônima em um fórum, passando pelas redes sociais, principalmente o Twitter, até a repercussão ao vivo durante o debate televisionado.

Segundo a equipe de Macron, que se refere a "falsificações grosseiras", imitando a assinatura de Emmanuel Macron em documentos, "esta tentativa de desestabilização mobilizou recursos substanciais e uma preparação cuidadosa". Este novo capítulo da campanha presidencial, três dias antes do segundo turno em 7 de maio, acontece um dia depois de um debate televisionado considerado "de brutalidade sem precedentes" e improdutivo por muitos comentaristas.

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