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Trabalhistas britânicos iniciam campanha com dúvidas sobre Brexit

A primeira-ministra Theresa May adiantou as eleições de 2020 para junho próximo, com a intenção de aumentar sua maioria absoluta na Câmara dos Comuns e fortalecer sua posição antes de começar a negociar o divórcio da União Europeia

Manchester, Reino Unido -O líder do Partido Trabalhista, Jeremy Corbyn, inaugurou oficialmente nesta terça-feira a campanha para as eleições legislativas de 8 de junho, mas logo se viu envolvido em uma polêmica por sua posição sobre o Brexit.

A primeira-ministra Theresa May adiantou as eleições de 2020 para junho próximo, com a intenção de aumentar sua maioria absoluta na Câmara dos Comuns e fortalecer sua posição antes de começar a negociar o divórcio da União Europeia (UE).

"Essas eleições não são sobre o Brexit", disse Corbyn em seu encontro em Manchester, no noroeste da Inglaterra.

"Esse tema está abandonado", acrescentou, confirmando que não haverá um segundo referendo.

"A questão agora é que tipo de Brexit queremos, e que tipo de país queremos que o Reino Unido seja depois do Brexit", ressaltou.

Corbyn, no entanto, se complicou quando, pouco depois, em uma entrevista à BBC, se negou em cinco ocasiões a responder "sim" ou "não" à pergunta sobre se o Reino Unido deixaria a UE caso ele ganhasse as eleições.

Uma fonte do partido explicou depois à AFP que não há dúvidas de que o país abandonará a UE, e que Corbyn respeita o resultado do referendo de 23 de junho de 2016.

Os conservadores de May aproveitaram a ocasião para criticar Corbyn por suas aparentes hesitações, e o ministro encarregado de negociar o Brexit, David Davis, insinuou que o líder trabalhista não é a melhor escolha para negociar com Bruxelas.