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Maduro diz que 'paramilitares' tentaram 'assaltar' quartel na Venezuela

Maduro informou ainda que o governo ativou uma "operação especial" para retirar três recém-nascidos de uma maternidade "sitiada por bandos armados" opositores

Caracas, Venezuela - O presidente da Venezuela, Nicolás Maduro, denunciou na noite desta quarta-feira que "paramilitares" ligados à oposição tentaram assaltar uma unidade militar na localidade de La Grita, no estado de Táchira.
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"A unidade de morteiros em La Grita foi submetida, durante seis horas, ao assédio de paramilitares; que jogaram um veículo contra o portão e o incendiaram. Tentaram assaltar o quartel, mas os soldados adotaram as medidas pertinentes...", disse Maduro por telefone ao programa do deputado Diosdado Cabello na TV estatal.

Testemunhas revelaram à AFP que manifestantes que exigem a saída de Maduro incendiaram um veículo na entrada do quartel e atiraram pedras nos militares, que responderam com tiros para o alto. Os protestos contra Maduro, deflagrados em 1; de abril passado, já deixaram 43 mortos e centenas de feridos e detidos.

Na noite desta quarta-feira, dezenas de militares começaram a chegar a Táchira, após uma ordem do governo para militarizar este estado, onde desde a madrugada de terça-feira ocorrem saques ao comércio e ataques a delegacias.

Maduro informou ainda que na localidade de Carrizal, subúrbio de Caracas, o governo ativou uma "operação especial" para retirar três recém-nascidos de uma maternidade "sitiada por bandos armados" opositores.

"Havia crianças recém-nascidas que há 36 horas não recebiam tratamento por culpa dos terroristas da MUD (coalizão opositora Mesa da Unidade Democrática). Estamos evacuando três bebês e uma parturiente em situação delicada, passando por barricadas, resistiendo a ataques de franco-atiradores", revelou Maduro.