[SAIBAMAIS]"Os cinco policiais mortos no ataque estavam a caminho para reforçar nossa operação em curso até Liboi", declarou o coordenador da região Nordeste, Mouhamud Ali Saleh.
O ataque ocorreu no condado de Garissa, entre as cidades de Malelei e Kulan, afirmou a Cruz Vermelha queniana.
No dia anterior, cinco policiais encarregados da segurança do governador de Mandera, Ali Roba, faleceram à tarde quando se veículo se chocou com um artefato explosivo de fabricação caseira.
Horas antes, quatro agentes morreram nas mesmas circunstâncias mais ao sul, muito próximo ao posto fronteiriço de Liboi, na estrada que leva à cidade de Garissa. Um primeiro balanço das autoridades falava em três mortos neste atentado.
A organização Al-Shabab, afiliada à Al-Qaeda, reivindicou os três atentados, segundo o grupo de Inteligência SITE, especializado na vigilância das páginas da Internet islamitas.
Maior atividade
Desde sua intervenção militar no sul do país em 2011 para combater a Al-Shabab, o Quênia tem sido alvo de vários atentados mortais, como o do centro comercial de Westgate de Nairóbi - 67 mortos em setembro de 2013 - e o da Universidade de Garissa - 168 vítimas em abril de 2015.
Na terça-feira, a polícia queniana alertou sobre uma maior atividade dos islamitas no leste do país. Segundo a mesma fonte, os membros da Al-Shebab "estão sob pressão na Somália" e "se dividiram em vários grupos, alguns dos quais se dirigem" para as fronteiras do Quênia para executar atentados.
Os militantes islamitas "enviam agentes para algumas zonas da região nordeste [do Quênia] para colocar explosivos nas estradas usadas por nossas patrulhas de segurança", afirmou a polícia em um comunicado.
Em 16 de maio, quatro pessoas morreram perto de Liboi, situada a 60 km do imenso campo de refugiados de Dadaab, quando seu veículo foi atingido por um artefato explosivo.
Na semana passada, houve outros incidentes em Mandera, onde supostos membros da Al-Shabab atacaram um povoado onde mataram um responsável local e sequestraram dois reservistas da polícia, segundo as autoridades locais.
A organização islamita jurou acabar com o frágil governo somali apoiado pela comunidade internacional e pelos 22 mil homens da força da União Africana na Somália (AMISOM).