Agência France-Presse
postado em 28/05/2017 11:30
Colombo, Sri Lanka -As equipes de emergência trabalhavam neste domingo no Sri Lanka distribuindo ajuda humanitária para meio milhão de pessoas deslocadas pelas piores inundações na ilha em 10 anos, que provocaram a morte de ao menos 146 pessoas.
A diminuição das chuvas de monção permitiu que a água baixasse em algumas regiões, o que possibilita a chegada de ajuda aos atingidos.
No entanto, várias localidades continuam debaixo d;água, segundo as autoridades locais. Unidades médicas e socorristas foram enviados para as zonas mais atingidas para tentar impedir a proliferação de doenças, tais como cólera.
"Temos experiência para enfrentar esse tipo de situação", garantiu o ministro da Saúde, Rajitha Senaratne.
Na sexta-feira, as fortes chuvas causaram inundações e deslizamentos de terra no sul e no oeste da ilha.
Ao menos 146 pessoas. Mas o Centro de Gestão de Catástrofes (DMC) afirmou que o número de mortos deve aumentar. Outras 112 pessoas continuam desaparecidas.
Cerca de 500.000 habitantes foram retirados de seus lares no sul e no oeste do país, em sua maioria vítimas das fortes chuvas.
Os militares realizaram operações de busca nas zonas atingidas pelos deslizamentos de terra.
A Aeronáutica enviou cinco aviões para as operações de emergência e outros cinco para transportar insumos de urgência aos povoados bloqueados e que não têm acesso às estradas.
O ministro do Interior, Vajira Abeywardena, afirmou que as chuvas mais intensas cessaram, entretanto, há o risco de uma cheia em um rio mais abaixo. Por isso, pediu aos cidadãos que abandonem os locais das zonas baixas e se refugiem em outras mais elevadas e menos vulneráveis.
"Muitas zonas são inacessíveis porque permanecem isoladas", explicou à imprensa Abeywardena, em Colombo, na capital. "Há alguns setores que não se consegue chegar nem com helicópteros nem com barcos".
O governo distribuiu por via aérea 10.000 coletes salva-vidas para as pessoas que estão bloqueadas. Também instalou 104 abrigos de emergência nos edifícios públicos para as populações ribeirinhas evacuadas, acrescentou o ministro do Interior.
Um barco indiano chegou no sábado a Colombo para ajuda. No navio há uma equipe médica de emergência, lanchas infláveis e medicamentos. Espera-se que outra embarcação chegue na segunda-feira.
Segundo o departamento de meteorologia, as chuvas devem diminuir, mas uma monção de baixa intensidade ainda irá se manter.
Esta monção, que chegou na quinta-feira à noite, acabou com a longa seca que ameaçava a agricultura e a produção de energia por meio de hidrelétricas no país.
Trata-se da pior inundação desde maio de 2003, quando 250 pessoas morreram e mais de 10.000 casas foram destruídas por uma monção de intensidade similar, segundo as autoridades.