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Polícia de Cleveland demite oficial que atirou em menino de 12 anos

O policial matou o menino após confundir uma arma de brinquedo com uma real

Agência France-Presse
postado em 30/05/2017 16:09
A polícia de Cleveland demitiu nesta terça-feira o agente que atirou e matou um menino de 12 anos há dois anos, após confundir a arma de brinquedo da criança com uma real.
Em novembro de 2014, Tamir Rice estava brincando em um parque com uma pistola de brinquedo quando os oficiais Timothy Loehmann e Frank Garmback estavam em um carro respondendo a um chamado de emergência.

Em um vídeo de câmeras de vigilância, Loehmann é visto atirando em Rice por duas vezes, segundos após a sua chegada, depois que o menino parece pegar a réplica da arma em sua cintura. Os oficiais não foram informados de que a arma da criança poderia ser uma imitação.

Loehmann foi demitido e Garmback, que estava dirigindo o carro, foi suspenso por 10 dias.

Os oficiais de Cleveland afirmaram não ter encontrado evidências de que os agentes tivessem violado os procedimentos policiais. Ao contrário, ambos sofreram sanções disciplinares por violações relacionadas a um caso de dois anos atrás.

[SAIBAMAIS]Loehmann foi demitido por violar as regras durante a aplicação do processo de trabalho, "especificamente, as respostas dadas por ele no seu histórico pessoal", afirmou o chefe da polícia de Cleveland, Calvin Williams.

Quando atirou no menino, Loehmann havia sido contratado há seis meses e estava em período probatório.

Gravações divulgadas por outro Departamento de Polícia em que Loehmann trabalhou antes de integrar a polícia de Cleveland mostra que os seus supervisores quiseram demiti-lo por ser emocionalmente instável.

Uma investigação criminal subsequente feita pelo promotor local, e encerrada há um ano e meio, não levou a nenhuma acusação aos dois oficiais.

Nessa época, o promotor do condado de Cuyahoga, Timothy McGinty, descreveu a tragédia como "uma tempestade perfeita de erros e falta de comunicação".

"Nós aprendemos muito" desde que Rice foi atingido, disse Williams nesta terça, indicando a existência de novas políticas e de novos treinamentos.

"O nosso uso da força diminuiu dramaticamente", concluiu.

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