postado em 30/05/2017 17:00
Uma mulher de 19 anos foi condenada à morte, após ir ao tribunal denunciar que foi estuprada por seu primo, em uma comunidade rural no Paquistão.
Logo após o estupro, Shumaila se dirigiu ao tribunal da vila em que vive, chamados de Panchayat, que atuam fora da legislação do país, mas são levados como lei em alguns lugares dessa região, para denunciar o crime.
Segundo o jornal britânico Dailymail, ao chegar no Panchayat, a jovem contou que o crime aconteceu durante a noite, enquanto seus familiares dormiam, e que ela não pode reagir, em vista do estuprador estar armado.
[SAIBAMAIS]O tribunal local, que tinha como um dos integrantes o pai do estuprador, considerou o primo inocente e a paquistanesa culpada, afirmando que ela o seduziu intencionalmente. A condenação para as mulheres consideradas Kaari, ou adulteras, nessa região é de pena de morte, muitas vezes aplicada pela própria família, para "limpar a honra".
Após descobrir a sentença do Panchayat, na última sexta-feira (26/5), a jovem fugiu da vila com seu pai e denunciou o caso à polícia de Fazilpur, que enviou mandados de prisão contra os juízes do tribunal e o estuprador.
O pai de Shumaila contou ao policial que foi obrigado a aceitar a decisão do juiz, em um primeiro momento, pois a decisão do Panchayat é tida como lei em sua comunidade.
Shumaila foi colocada em uma área de proteção a mulheres pela polícia de Fazilpur, segundo o jornal indiano Hindustan Times.