Victor Barbosa*
postado em 01/06/2017 19:00
O Índice Global da Paz (IGP) de 2017, do Instituto de Economia e Paz, de Nova York, mostrou que o mundo ficou mais pacífico no último ano. Apesar da boa notícia, estudo revela que índices positivos estão crescendo cada vez menos a cada ano.
Enquanto a Isândia continua como país mais pacífico do mundo, a Síria, que passa por uma grave crise migratória, é considerado o país mais perigoso dos 163 analisados. Já o Brasil, que carrega os piores resultados desde 2012, está entre as nações com uma pontuação considerada intermediária, ocupando a centésima quinta posição do ranking.
O desempenho do Brasil é um dos piores da América do Sul, à frente apenas de Venezuela e Colômbia e perdendo para todos os outros 8 países. O Chile lidera a lista, seguido por Uruguai.
[SAIBAMAIS] O índice de 2017 indica que 93 países melhoraram e 68 pioraram na intenção de paz. Entre os que tiveram melhor desepenho estão República Centro-africana, Sri Lanka e Camboja. Já Etiópia, Borundi e Arábia Saudita ficam entre os que tiveram piora mais expressiva no último ano.
[VIDEO1]
O IGP, que pode variar de um a cinco, sendo a melhor pontuação o menor número, utiliza diversos dados sociais para fazer esse índice. Dentre eles, a percepção de criminalidade, quantidade de crimes violentos, o acesso a armas e o número de homicídios na região, variável na qual o Brasil tem nota negativa máxima, superando, inclusive, países como Haiti e Sudão.
Além do ranking, os dados divulgados pelo instituto americano indicam que o mundo gasta muito mais dinheiro com atividades que provocam violência do que em investimentos de manutenção da paz. O que preocupa os pesquisadores, já que as taxas de crescimento da paz global estão diminuindo de velocidade nos últimos anos.
[VIDEO2]
Outros dados importantes mostram que há uma diminuição no militarismo nas últimas três décadas e que a queda no índice de paz deixa os países mais sucetíveis a governos populistas.
O Índice pode ser visualizado completo em inglês aqui.
* Estagiário sob supervisão de Anderson Costolli