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Menina volta para a sua família três anos após ser sequestrada pelo EI

Há três anos, a família de Ezzo Obada teve que fugir da cidade de Qaraqosh, localizada entre as cidades de Erbil e Mossul, diante do rápido avanço do grupo extremista Estado Islâmico

Agência France-Presse
postado em 10/06/2017 17:32
O campo de Ashti, na cidade iraquiana de Erbil (norte), comemorava neste sábado a volta de uma menia sequestrada há três anos por extremistas do Estado Islâmico (EI), o que provocou uma profunda comoção na comunidade cristã à qual ela pertence.
A alegria enchia o barracão pré-fabricado que agora é o local de moradia da família de Christina, de seis anos.
Há três anos, a família de Ezzo Obada teve que fugir da cidade de Qaraqosh, localizada entre as cidades de Erbil e Mossul, diante do rápido avanço do grupo extremista Estado Islâmico.

Estavam em um ônibus com outras pessoas que também fugiam, quando combatentes extremistas levaram sua filha, em agosto de 2014.

Mais de cinco meses após ser raptada pelo EI, Aida ouviu alguns conhecidos dizerem que a sua filha estava com uma família de doze pessoas no bairro de Tenek, a oeste de Mossul.

As forças iraquianas reconquistaram toda a parte oriental de Mossul no início do ano e, desde fevereiro, combatem os extremistas na parte oeste da cidade.

A família com a qual Christina estava fugiu de Mossul recentemente.

Na quinta-feira (08) à noite, Elías, o irmão mais velho da menina, atendeu a uma chamada telefônica na qual pediam que fossem buscar a sua irmã em um determinado ponto da cidade.

Essa família disse-lhes que haviam encontrado a menina há dois anos, sozinha e chorando, em frente a uma mesquita.

"Ver a minha filha é um milagre", conta a sua mãe, Aida, de 46 anos. "Fiquei assustada (ao vê-la), porque mudou muito, não a reconheci".

A mãe de Christina disse à AFP que tinha recebido informações sobre a sua filha algumas vezes, porém nunca conseguiu falar diretamente com ela.

Mais de 120.000 membros da minoria cristã do Iraque tiveram que deixar suas residências depois que os extremistas do grupo EI se apoderaram de imensas regiões do território ao norte do Iraque, em 2014.

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