A República em Movimento (LREM), partido do presidente da França, Emmanuel Macron, vencerá o segundo turno das eleições legislativas e terá uma ampla maioria na Assembleia Nacional, Câmara Baixa do Parlamento, segundo as pesquisas de boca-de-urna divulgadas pela imprensa francesa.
A legenda terá de 355 a 425 cadeiras das 577 da Câmara. O número é muito superior aos 289 assentos necessários para alcançar a maioria e aprovar as reformas do chefe de Estado sem a necessidade de formar alianças com outros partidos. As projeções mostram uma ampla vitória do LREM e de Macron, ainda que com vantagem inferior à prevista nas pesquisas de intenção de voto ao longo da última semana.
No total, o segundo turno definirá 573 das 577 cadeiras que compõem a Câmara Baixa francesa, já que quatro foram escolhidas já no primeiro turno.
Oposição
O partido conservador Os Republicanos, segundo apontam as projeções, terá a segunda maior bancada, ao obter entre 95 e 133 cadeiras. Também se confirma a derrota esperado para o Partido Socialista, que controlava a maioria na Assembleia Nacional e ficará a partir de agora com entre 27 e 49 deputados junto com os aliados ecologistas.O coordenador da campanha dos Republicanos, François Baroin, afirmou neste domingo que a legenda fará uma "oposição firme" às políticas do presidente Macron na Assembleia Nacional.
;Macron tem o conjunto dos poderes. Desejo a ele boa sorte. Mas nós conseguimos um grupo suficientemente importante para fazermos ouvir nossos compromissos e nossas convicções. Vamos evidenciar nossas diferenças, sobretudo no aspecto fiscal;, disse Baroin.
Marine Le Pen é eleita deputada
Derrotada por Macron nas eleições presidenciais, a líder da Frente Nacional, Marine Le Pen, foi eleita neste domingo, pela primeira vez, como deputada na Assembleia Nacional da França.Segundo as projeções de boca-de-urna, o partido de Le Pen pode obter até nove cadeiras, o que transformaria a Frente Nacional na quinta força parlamentar. ;Combateremos com todas as nossas forças os projetos do governo criados em Bruxelas;, afirmou Le Pen, que até então representava a França na Eurocâmara.
Ela estabeleceu como principais campos de batalha a alta de impostos, a política migratória e os tratados internacionais de livre comércio. Le Pen acredita que, apesar da maioria absoluta no parlamento, as ideias do presidente são minoritárias no país e que os franceses não as apoiarão.