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Justiça dos EUA permite que agressores sexuais usem redes sociais

Suprema Corte americana anulou decisão do estado da Carolina do Norte de proibir agressores sexuais de usarem redes sociais

Agência France-Presse
postado em 19/06/2017 14:57
A Suprema Corte dos Estados Unidos decidiu não proibir agressores sexuais de utilizarem redes sociais.
Em uma decisão unânime nesta segunda-feira, o tribunal considerou ilegal a lei da Carolina do Norte que impedia pessoas com antecedentes criminais por delitos sexuais de usarem o Facebook, o Twitter, o Instagram ou qualquer outra página que estimule o encontro entre amigos.

O fato tem relação com o caso de Lester Packingham, que, aos 21 anos, foi condenado por manter relações sexuais com uma menina de 13.

Ele foi condenado de 10 a 12 meses de prisão e foi incluído em um registro de agressores sexuais.

Oito anos mais tarde, em 2010, Packingham publicou, em sua página no Facebook, uma queixa em relação a uma multa de trânsito.

De acordo com a controversa lei da Carolina do Norte, ele não poderia usar qualquer rede social durante 30 anos. O comentário sobre a multa lhe rendeu uma nova condenação pelo uso do Facebook.

Packingham recorreu da decisão, argumentando que a lei viola seu direito à liberdade de expressão, assegurada pela Primeira Emenda da constituição norte-americana.

Durante os seis anos do embate judicial, Packingham ganhou apoio de diversas associações que lutam contra restrições ao uso da internet, ligadas a conservadores liberais.

A Louisiana e outros 12 estados respaldaram a Carolina do Norte, afirmando que a lei era fundamental para impedir "predadores sexuais" de adquirirem informações sobre vítimas potenciais.

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