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Guerrilha das Farc diz adeus às armas na Colômbia após 50 anos de guerra

Na segunda-feira (26/6), o grupo rebelde completou a entrega à missão da ONU na Colômbia de 7.132 armas individuais nas 26 zonas onde estão concentrados quase o mesmo número de combatentes

Agência France-Presse
postado em 27/06/2017 08:54
Na segunda-feira (26/6), o grupo rebelde completou a entrega à missão da ONU na Colômbia de 7.132 armas individuais nas 26 zonas onde estão concentrados quase o mesmo número de combatentes

A guerrilha das Farc devem concluir nesta terça-feira (27/6) o processo de desarmamento na Colômbia, em um ato crucial que marcará o fim do grupo armado após mais de 50 anos de guerra interna, a mais antiga do continente.

O presidente Juan Manuel Santos e o líder guerrilheiro Rodrigo Londoño, conhecido como Timochenko, devem liderar uma cerimônia às 10H00 locais (12H00 de Brasília) na localidade de Mesetas, no departamento Meta (centro da Colômbia).

O mesmo local, que há mais de meio século viu a guerrilha das Forças Armadas Revolucionárias da Colômbia consolidar sua presença e instalar seu centro de operações, será testemunha agora da entrega das armas, parte do acordo de paz assinado em novembro, após quatro anos de negociações em Cuba.


Na segunda-feira (26/6), o grupo rebelde completou a entrega à missão da ONU na Colômbia de 7.132 armas individuais nas 26 zonas onde estão concentrados quase o mesmo número de combatentes, informou a organização internacional.

Santos, prêmio Nobel da Paz em 2016 graças aos esforços pela paz, celebrou o anúncio: "A #DeposiçãoDeArmas representa o início de uma nova Colômbia que avança para a paz. Agradeço a @MissãoONUCol por seu apoio e seu trabalho", escreveu no Twitter. Timochenko afirmou que o dia é um "momento histórico para a Colômbia".

Tanto o presidente como analistas consideram o desarmamento como um "marco" do processo de paz porque representa o epílogo das Farc, grupo criado em 1964 após uma revolução camponesa. "O ato significa o fim da principal guerrilha armada no hemisfério ocidental. Significa o início de um pós-conflito (...) e de um processo difícil de reconciliação no país", fortemente dividido ante o acordo de paz, disse à AFP o analista Jorge Restrepo.

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