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Três anos após redação, Fifa publica esperado "relatório García"

Divulgação do relatório foi antecipada após site alemão vazar informações

Agência France-Presse
postado em 27/06/2017 15:26
A Fifa publicou o esperado "Relatório García" de 400 páginas, nesta terça-feira (27/6), sobre a polêmica na nomeação de Catar como sede da Copa do Mundo de 2022 e cujo conteúdo foi vazado e publicado pela imprensa alemã, na segunda (26/6), três anos após sua redação.
"Já que o documento foi divulgado ilegalmente por um jornal alemão, os novos presidentes da justiça interna da Fifa solicitaram a publicação imediata do relatório na íntegra, com o objetivo de evitar a circulação de informações falsas", explicou a Fifa por meio de comunicado no site da entidade.

"É importante sublinhar que os antigos presidentes das duas câmaras da Fifa, os senhores Borbély e Eckert, sempre foram contra a publicação", acrescentou a instância mundial do futebol.

[SAIBAMAIS]O Relatório García é objeto de desejo desde sua redação pelo ex-procurador americano Michael García, que dirigiu a investigação interna da Fifa.

García entregou o relatório no dia 5 de setembro de 2014, onde identificou "problemas sérios e de grande envergadura no processo de candidatura e nomeação" dos Mundiais de 2018 e 2022, na Rússia e no Catar, respectivamente.

Na sequência, García apresentou sua demissão e denunciou uma leitura enviesada de seu trabalho.

"Dois milhões de dólares de origem desconhecida aterrissaram na poupança da filha de 10 anos de um membro da Fifa", informou o jornal alemão Bild, na segunda-feira.

Ainda assim, o relatório especificou que seriam libras esterlinas e que nenhuma prova liga Catar 2022 com o dinheiro para a menina.

Em relação ao jantar organizado pelo então presidente da França, Nicolás Sarkozy, no qual Michel Platini, presidente da Uefa na época, e Tamim ben Hamad Al Thani, futuro Emir do Catar, se encontraram, García indicou que "não foi descoberta nenhuma prova relacionada com o voto de Platini" a favor do Catar.

Por isso, a câmara de investigação da Fifa "não achou necessário tomar outras medidas".

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