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Mais um suspeito detido por atentado em shopping na Colômbia

Segundo as autoridades, os suspeitos integrariam o pequeno Movimento Revolucionário do Povo (MRP), um grupo urbano de esquerda que é apontado como responsável por vários atentados

Um nono suspeito de ter participado do atentado que deixou três mortos no dia 17 de junho em um shopping center de Bogotá foi detido nesta sexta-feira, informaram as autoridades colombianas, que também notificaram que os outros oito envolvidos estão em prisão preventiva.

"A Procuradoria capturou no dia de hoje a nona pessoa vinculada aos atos, (...) faltariam duas pessoas a serem detidas ", disse em entrevista coletiva a vice-procuradora-geral, María Paulina Riveros, sem dar detalhes sobre o detido.

Mais cedo, o ente investigador havia notificado no Twitter que uma "sólida investigação" e a prisão dos 8 indiciados no caso Centro (Comercial) Andino".

Segundo as autoridades, os suspeitos integrariam o pequeno Movimento Revolucionário do Povo (MRP), um grupo urbano de esquerda que é apontado como responsável por vários atentados com artefatos de baixo impacto perpetrados principalmente na capital colombiana.

"Ótimo trabalho de investigação e inteligência da polícia e do MP, Bogotá não vai se dobrar ao terrorismo", disse o secretário de Segurança da cidade, Daniel Mejía.

As autoridades executaram, no sábado passado, dez mandados de busca em Bogotá e em El Espinal e capturaram oito pessoas. Outro suspeito foi detido no dia seguinte.

Dos nove presos, um foi libertado no domingo passado, após acusações de que sua detenção havia sido ilegal.

A vice-procuradora não especificou nesta sexta-feira se o novo detido é aquele que foi posto em liberdade, mas advertiu que durante a investigação foram encontrados "elementos materiais comprovatórios adicionais de que estavam a ponto de concretizar novos atentados terroristas na capital do país".

Familiares e amigos dos detidos protestaram nos arredores da entidade judicial para pedir sua libertação. Argumentam que não há provas de que eles estejam envolvidos no caso.

Em comunicado, o MRP assegurou que as pessoas investigadas não pertencem ao movimento, mas autoridades não confirmaram ainda a veracidade desta declaração.

Especialistas em segurança e autoridades apontam que o grupo atua como uma guerrilha urbana e que teria ligações com o Exército de Liberação Nacional (ELN), último grupo rebelde ativo no país, que atualmente negocia a paz com o governo.