Agência France-Presse
postado em 11/07/2017 14:27
A União Europeia adotou formalmente nesta terça-feira (11/7) seu acordo de associação com a Ucrânia, em meio a um clima de desconfiança recíproca com Moscou, às vésperas do encontro anual entre UE e Kiev.
A decisão dos 28 Estados-membros ocorre horas antes da visita do ministro russo das Relações Exteriores, Serguei Lavrov, a Bruxelas. Na viagem, ele deve encontrar a chefe da diplomacia europeia, Federica Mogherini, e seu homólogo belga, Didier Reynders.
Concluído em 2014, quando as relações com a Rússia viviam seu pior momento, o acordo de associação entre UE e Ucrânia entra em vigor em 1; de setembro. Esse tipo de tratado é visto como um prelúdio para uma eventual adesão.
"É a etapa final do processo de ratificação, por meio do qual UE e Ucrânia se envolvem em relações estreitas e de longo prazo nos principais assuntos políticos", disse um comunicado do Conselho da UE, que representa os 28 países.
"O acordo de associação é o principal instrumento para aproximar Ucrânia e UE. Ele promove laços políticos e econômicos mais fortes e profundos, bem como o respeito aos valores comuns", garante o comunicado.
A ratificação definitiva do tratado - negociado entre 2007 e 2012 - foi adiada muitas vezes.
Ele deveria ter sido assinado em fins de 2013, mas o presidente ucraniano pró-Rússia na época, Viktor Yanukovitch, recusou-se. A decisão estimulou manifestações a favor da UE, além de provocar sua queda e sua fuga para a Rússia em fevereiro de 2014.
Aos protestos duramente reprimidos, seguiram-se a anexação da Crimeia pela Rússia e uma insurreição separatista no leste da Ucrânia que deixou mais de 10 mil mortos em três anos.