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Tiroteio na parte antiga de Jerusalém deixa cinco mortos

Este foi o primeiro ataque com arma de fogo em muitos anos na parte antiga da cidade

Agência France-Presse
postado em 14/07/2017 09:20
Este foi o primeiro ataque com arma de fogo em muitos anos na parte antiga da cidade

Três homens abriram fogo na Cidade Velha de Jerusalém, matando dois policiais israelenses nesta sexta-feira (14), sendo abatidos por agentes na Esplanada das Mesquitas, no incidente mais grave registrado nos últimos anos nessa área extremamente sensível.


Poucas horas após o ataque, a polícia israelense deteve brevemente o mufti de Jerusalém, Mohammed Hussein, que estava reunido com outros palestinos na Cidade Velha para denunciar o fechamento da Esplanada das Mesquitas.

Um dos filhos de Ahmad informou à AFP que seu pai havia sido interrogado "pela polícia sobre o que eles chamaram de incitação à violência a respeito de seu chamado para que os muçulanos fossem a Jerusalém".

Além disso, um palestino foi morto em confrontos com as forças israelenses em um campo de refugiados perto da cidade de Belém, na Cisjordânia ocupada, segundo o Ministério palestino da Saúde, que identificou a vítima como Bara Hamamdah, de 18 anos.

Após o incidente na Esplanada das Mesquitas, a polícia israelense anunciou que todos os acessos ao local, situado em Jerusalém Oriental - anexado e ocupado por Israel - foram fechados e que as orações desta sexta-feira não seriam celebradas.

[SAIBAMAIS]Frente à possibilidade de aumento das tensões, o primeiro-ministro israelense, Benjamin Netanyahu, e o presidente palestino, Mahmmud Abbas, conversaram por telefone pela manhã, informou a agência de notícias palestina Wafa.

O presidente Abbas condenou o incidente e manifestou "sua rejeição a todo ato de violência, venha de onde vier, especialmente em lugares de culto", afirmou a Wafa, acrescentando que "o primeiro-ministro israelense, Benjamin Netanyahu, fez um apelo à calma".

Este foi o primeiro ataque com arma de fogo em muitos anos na parte antiga da cidade, segundo comentaristas. Os últimos 20 meses têm sido marcados, porém, por uma série de ataques com facas.

Dois policiais feridos no incidente faleceram pouco depois do ataque, enquanto um terceiro agente se recuperava de ferimentos leves, segundo a Polícia.

Os dois agentes mortos, Hail Satawi, de 30 anos, e Kamil Shanan, de 22, faziam parte da minoria árabe drusa de Israel, muito presente na Polícia e no Exército israelenses.

Neste contexto, o secretário-geral da ONU, Antonio Guterres, alertou para o risco de um aumento da violência. Ele condenou o ataque e pediu "todas as partes a agir de maneira responsável para evitar uma escalada".

;Extremamente grave;

De acordo com a Polícia e com o Shin Bet, o serviço de Inteligência interna de Israel, os três agressores eram árabe-israelenses, oriundos da cidade de Um el-Fahm (norte).

Eles foram identificados como Mohamed Khabarin e Mfadal Khabarin (ambos de 29 anos) e Abdel Latif Khbarin (19 anos).

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