Agência France-Presse
postado em 18/07/2017 19:50
O presidente venezuelano, Nicolás Maduro, se reuniu nesta terça-feira com os representantes dos poderes do Estado para acertar ações diante da ameaça do líder americano, Donald Trump, de impôr sanções econômicas à Venezuela.
Maduro convocou ao palácio presidencial de Miraflores os membros do Conselho de Defesa, integrado pelos líderes dos poderes públicos, "para responder integralmente a ameaça imperial", anunciou no Twitter.
O presidente do Parlamento, Julio Borges, não participou da reunião.
Segundo imagens transmitidas pela televisão governamental, Maduro estava acompanhado, entre outros, pelo ministro da Defesa, Vladimir Padrino López, e pelos presidentes do Supremo Tribunal e do Poder Eleitoral, Maikel Moreno e Tibisay Lucena.
O encontro foi convocado um dia depois de Trump ameaçar a Venezuela com sanções econômicas se Maduro persistir em realizar a Assembleia Constituinte.
[SAIBAMAIS]"Os Estados Unidos não ficarão de braços cruzados enquanto a Venezuela se destrói. Se o regime de Maduro impuser a sua Assembleia Constituinte em 30 de julho, os Estados Unidos tomarão fortes e rápidas ações econômicas", assinalou.
Ao convocar o Conselho de Defesa, o socialista assegurou que a resposta do Estado a essas ameaças será "muito firme, em defesa do patrimônio histórico anticolonialista e anti-imperialista" da Venezuela.
"A nossa pátria não recebe ordens e nem é comandada por nenhum governo estrangeiro. Aqui os venezuelanos mandam. Aqui o povo manda", acrescentou.
Maduro já havia convocado o Conselho de Defesa em 31 de março, depois que a procuradora-geral, Luisa Ortega, considerou as decisões do Supremo Tribunal de Justiça uma "ruptura da ordem constitucional".
Segundo a Constituição, o Conselho de Defesa é "o máximo órgão de consulta para o planejamento e a assessoria do poder público nos assuntos relacionados com a defesa da nação, de sua soberania e da integridade de seu espaço geográfico".