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Londres estaria pronta para aceitar livre-circulação por alguns anos

Segundo o "Times", esse intervalo seria de dois anos, enquanto o jornal "The Guardian" sugeriu um período de três a quatro anos

Agência France-Presse
postado em 21/07/2017 10:31
A primeira-ministra britânica, Theresa May, estaria disposta a garantir a livre-circulação dos europeus durante alguns anos após o Brexit - noticiou a imprensa britânica nesta sexta-feira (21/7).

Segundo o "Times", esse intervalo seria de dois anos, enquanto o jornal "The Guardian" sugeriu um período de três a quatro anos. O ministro britânico das Finanças, Philip Hammond, teria o apoio de todos os ministros do governo para este projeto de acordo de transição que duraria dois anos após a saída do bloco prevista para 2019, acrescentou o "Times", citando uma "fonte próxima às negociações".

Já o "Guardian", que menciona uma fonte do gabinete do governo, diz que a ideia de liberdade de movimento poderia se estender por quatro anos após o Brexit. "Se você perguntar às empresas quando querem ver a conclusão deste acordo, elas vão dizer amanhã", disse a fonte.

Manter a liberdade de movimento permitiria que as empresas britânicas conservassem um acesso ao mercado único europeu durante um período de transição, o que é exigido pela principal organização patronal do Reino Unido, o CBI.

Na quinta-feira (20/7), a dirigente do CBI, Carolyn Fairbairn, e outras lideranças econômicas foram recebidas por Theresa May em Downing Street. "A primeira-ministra reiterou o objetivo global do governo de conseguir uma saída ordenada, que resulte em um acordo de livre-comércio global com a UE, incorporando um período de implementação para evitar uma ruptura abrupta", indicou um porta-voz de Downing Street.

Em Bruxelas, o negociador europeu para o Brexit, Michel Barnier, pediu a Londres esclarecimentos sobre sua posição a respeito da "fatura" do divórcio e em relação aos direitos dos cidadãos, após quatro dias de negociações. Seu colega britânico, David Davis, evocou discussões "robustas, mas construtivas". "Nós ainda precisamos discutir muitas coisas", acrescentou. A próxima sessão de negociação está prevista para o final de agosto.

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