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Chefes de facções rivais na Líbia vão a Paris para novos diálogos

Este seria o segundo encontro entre Sarraj e Haftar em três meses, após a conversa em Abu Dhabi em maio

Agência France-Presse
postado em 23/07/2017 14:49
Paris, França -Os líderes de duas facções rivais na Líbia preveem se encontrar na terça-feira em Paris para negociar uma saída para a crise no país, segundo informações da imprensa francesa.

O marechal Khalifa Haftar, que controla o leste do rico país petroleiro, e o primeiro-ministro do governo apoiado pela ONU, Fayez el-Sarraj, conversarão sob a mediação do presidente francês, Emmanuel Macron, segundo o jornal dominical JDD.

O jornal afirma que Ghassam Salame, novo enviado da ONU para a Líbia, confirmou a reunião. Salame, entretanto, não quis comentar o assunto quando foi contactado pela AFP.

O gabinete do presidente Macron nem confirmou nem negou a eventual reunião na capital francesa.


Este seria o segundo encontro entre Sarraj e Haftar em três meses, após a conversa em Abu Dhabi em maio.

Neste mês, Sarraj planejou uma nova agenda para o país, que inclui a realização de eleições presidenciais e parlamentares em março de 2018.

A rivalidade política e os combates entre as milícias rivais impediu a Líbia se recuperasse do caos vivido no país desde a rebelião de 2011, que derrubou o ditador Muammar Kadhafi, que foi assassinado.

O Governo de Unidade Nacional de Sarraj teve dificuldade para impor sua autoridade desde que começou seu trabalho em Trípoli, em março de 2016. A administração rival de Haftar, com sede no leste do país, não reconhece o governo de Sarraj.

Os serviços de Inteligência ocidentais temem que os extremistas do Estado Islâmico (EI) se aproveitem do caos para criar redutos na Líbia, à medida que estão sendo expulsos do Iraque e da Síria.

A Líbia também se tornou o ponto de partida de milhares de migrantes africanos que querem chegar à União Europeia (UE), viajando pelo mar até a Itália em barcos precários.

O ministro das Relações Exteriores francês, Jean-Yves Le Drian, disse ao jornal Le Monde em junho que a Líbia é a "prioridade" para o presidente Macron.

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