Agência France-Presse
postado em 23/07/2017 15:02
Washington, Estados Unidos -O genro e conselheiro do presidente americano Donald Trump, Jared Kushner, irá se reunir a portas fechadas nesta semana com os comitês de inteligência da Câmara dos Representantes e do Senado, que investigam um possível conluio entre a equipe de campanha do presidente e a Rússia.
Kushner, que é casado com a filha mais velha de Trump, Ivanka, testemunhará no comitê de inteligência do Senado na segunda-feira, e na Câmara de Representantes na terça-feira, de acordo com seu advogado.
O conselheiro de 36 anos da Casa Branca de será questionado sobre os seus encontros com o embaixador russo em Washington, com o diretor de um grande banco russo e com uma advogada russa. Neste último encontro, Kushner estava acompanhado pelo filho do presidente, Donald Trump Jr.
"Há muitas coisas que queremos saber", disse Adam Schiff, líder democrata do comitê da Câmara dos Representantes, neste domingo ao programa "Face The Nation", da emissora CBS.
"Certamente queremos saber sobre vários encontros que supostamente aconteceram", acrescentou.
"Seu advogado disse que ele só terá duas horas disponíveis. Então esperamos que este seja somente o primeiro encontro".
O diretor de Comunicações da Casa Branca, Anthony Scaramucci, disse que espera que essa seja "a última vez que ele fale sobre a Rússia".
O procurador especial independente e ex-diretor do FBI, Robert Mueller, comanda uma investigação sobre o possível conluio, mas a Câmara dos Representantes e o Senado organizaram comitês separados.
Donald Trump Jr. e o então diretor de campanha de Trump Paul Manafort estão negociando com o comitê judiciário do Senado sobre como e quando irão testemunhar sobre os possíveis vínculos russos.
Os dois estão trabalhando junto com o comitê para fornecer documentos e conceder pré-entrevistas a portas fechadas antes de uma audiência pública, anunciaram o presidente do comitê Chuck Grassley e a democrata Dianne Feinstein.
O comitê judiciário marcou uma audiência para quarta-feira. Donald Jr. e Manafort foram convidados a testemunhar, mas a presença deles ainda não é certa.