postado em 26/07/2017 19:31
O governo do Reino Unido anunciou nesta quarta-feira (26/7) que, a partir do ano de 2040, será proibida a produção de novos veículos e caminhonetes movidos a diesel e gasolina, com a intenção de combater a poluição. A informação é da agência de notícias EFE.
A medida, que foi antecipada hoje pelo ministro de Meio Ambiente, Alimentação e Assuntos Rurais, Michael Gove, é motivada por uma batalha legal após a qual a Justiça britânica determinou que o Executivo, liderado pela conservadora Theresa May, estabelecesse um plano para reduzir os altos níveis de poluição atmosférica.
"Não podemos continuar com os carros a diesel e gasolina, não só pelos problemas de saúde que eles causam, mas também porque as emissões [de poluentes] significariam uma aceleração da mudança climática. Causaríamos dano ao nosso planeta e às próximas gerações", disse Gove a uma emissora de rádio da rede BBC.
[SAIBAMAIS]A regulamentação, que entrará em vigor a partir de 2040, faz parte do orçamento de ;255 milhões (;252 milhões) que o governo destinará para ajudar os conselhos locais a combater a poluição gerada por esses veículos, de um total de ;3 bilhões (;3,362 bilhões) que serão destinados a medidas para melhorar a qualidade do ar.
Assim como a França, que anunciou planos similares, a proibição dos veículos a gasolina e diesel acontece, segundo Gove, em um momento no qual "os sinais de mudança para veículos elétricos estão cada vez maiores".
O ministro explicou que os recursos destinados às autoridades locais servirão para "elaborar planos adequados para fazer frente a alguns dos desafios particulares que enfrentam".
"Esses planos poderiam incluir tudo, desde a mudança da frota de ônibus ; a remodelação dos ônibus para que já não emitam alguns desses gases nocivos ; e poderiam incluir, em áreas específicas, restrições particulares aos motoristas", disse o ministro.
Gove falou do plano do prefeito de Londres, o trabalhista Sadiq Khan, de introduzir novas taxas para os cidadãos que circularem com esses veículos poluentes.
"Não acredito que seja algo necessário, mas trabalharemos com as autoridades locais para determinar qual é o melhor enfoque para enfrentar o problema", opinou Gove.