postado em 26/07/2017 19:37
O Senado dos Estados Unidos rejeitou hoje (26/7), por 45 votos a favor e 55 contra, um projeto para revogar a lei de saúde criada pelo ex-presidente Barack Obama, conhecida como Obamacare, que previa uma margem de dois anos para elaborar uma alternativa para o sistema atualmente em vigor no país. A informação é da EFE.
O projeto, do senador republicano Rand Paul, é uma das propostas apresentadas pelo Senado para acabar com o Obamacare. No entanto, seu impacto não convenceu os integrantes mais moderados do partido, que veem seus estados serem beneficiados pela lei atual. Uma iniciativa similar ao projeto apresentado hoje tinha sido aprovada pelo Congresso dos EUA em 2015, mas acabou vetada pelo próprio Obama.
[SAIBAMAIS]Na noite passada os senadores já tinham rejeitado o primeiro projeto, também por falta de acordo dentro do Partido Republicano. Os senadores republicanos que votaram contra o segundo projeto foram Dean Heller (Nevada), John McCain (Arizona), Susan Collins (Maine), Lisa Murkowski (Alasca), Shelley Moore Capito (Virgínia Ocidental), Robert Portman (Ohio) e Lamar Alexander (Tennessee).
O texto ainda incluía uma emenda que visava agradar mais aos republicanos e que proibia o repasse de recursos do governo federal a clínicas que auxiliem em abortos. Apesar de os republicanos terem maioria no Senado, mais de seis senadores do partido são contra as alternativas ao Obamacare apresentados até agora, especialmente porque as pessoas mais pobres serão as mais afetadas pelos cortes nos planos de saúde.
Segundo cálculos do Escritório de Orçamento do Congresso, a proposta rejeitada hoje faria com que 32 milhões de pessoas perdessem seus planos de saúde em dez anos. Diante da falta de entendimento, espera-se que os republicanos levem ao Senado uma revogação parcial do Obamacare, votando emendas nas quais os membros do partido cheguem a um consenso.