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Acidente de trem perto de Barcelona deixa quase 60 pessoas feridas

Os serviços de emergência mobilizaram vários veículos e ambulâncias para a Estação da França, no centro histórico da cidade


Investigação aberta
As ruas próximas foram bloqueadas para facilitar o trabalho das equipes de resgate na estação. Muitos passageiros estavam em pé no trem, que costuma trafegar lotado na parte da manhã. Isso teria agravado o saldo do feridos. Alguns receberam cuidados médicos ainda na estação, de acordo com fotos postadas nas redes sociais.

A polícia regional abriu uma investigação sobre as circunstâncias do acidente, segundo os serviços de emergência. Já a companhia Renfe iniciou o "plano de assistência às vítimas e suas famílias". O acidente ocorreu em plena greve dos serviços ferroviários espanhóis, que planejavam assegurar cerca de 66% do tráfego nas linhas catalães nos horários de pico.

De acordo com um porta-voz dos serviços de emergência, o trem teria, em princípio, a capacidade de transportar 50 pessoas. Não está claro quantos passageiros estavam em seu interior. O presidente regional, Carles Puigdemont, chegou ao local do incidente pouco depois das 9h, e o ministro dos Transportes estava a caminho. Por um momento, o primeiro-ministro espanhol, Mariano Rajoy, deixou de lado seu conflito aberto com Carles Puigdemont a respeito da independência da região, telefonando-o para discutir o ocorrido.

O acidente coincide com o aniversário, esta semana, da tragédia que deixou 80 mortos em 24 de julho de 2013, em Santiago de Compostela, no noroeste do país. Naquele dia, um trem vindo de Madri descarrilou em uma curva perigosa a 179 km/h, a quatro quilômetros de Santiago de Compostela. O limite de velocidade permitido era de 80 km/h. Apenas o condutor foi processado até agora. Sob pressão de associações das vítimas, a Justiça reabriu o inquérito para investigar uma possível negligência em termos de segurança da companhia que administra a rede.