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Vice de Trump cogita envio de baterias antiaéreas Patriot à Estônia

O vice-presidente dos Estados Unidos, Mike Pence, evocou neste domingo (30), em Tallin, o possível envio

Agência France-Presse
postado em 30/07/2017 20:00
O vice-presidente dos Estados Unidos, Mike Pence, evocou neste domingo (30), em Tallin, o possível envio à Estônia de baterias de mísseis antiaéreos Patriot - anunciou o primeiro-ministro desse país, Juri Ratas.

"Falamos disso hoje [domingo], mas não falamos nem de data, nem de hora", disse Ratas à emissora pública ERR.

As baterias de mísseis Patriot são dotadas de mísseis terra-ar para interceptar mísseis, ou aviões.

"Evocamos as manobras (russas) perto da fronteira estoniana (...). E, do mesmo modo que a Estônia, os Estados Unidos e a Otan devem vigiá-las e trocar suas informações", sugeriu o premiê.

O governo estoniano publicou um comunicado, relatando que o encontro com Pence se concentrou em temas de segurança, cooperação no setor digital e cooperação entre a União Europeia e os Estados Unidos.

A visita de Pence à Tallinn é a primeira etapa de uma viagem destinada a tranquilizar os três países bálticos (Estônia, Letônia e Lituânia), fronteiriços com a Rússia, os quais pedem o reforço da presença militar americana em seus territórios.

Fontes militares estonianas consideram que o envio de baterias antimísseis Patriot é um dos objetivos dos países bálticos. Recentemente, uma bateria desse tipo foi mobilizada para a Lituânia, mas apenas durante um exercício.

Os países bálticos e a Polônia temem um eventual ataque russo. Nesse sentido, a Organização do Tratado do Atlântico Norte (Otan) está enviando quatro batalhões multinacionais para esses países. Já Moscou avalia que a Otan está tentando cercar a Rússia.

No encontro com Pence, Ratas declarou ainda que o reforço da dissuasão por parte da Otan e dos Estados Unidos na região do Báltico "é indispensável para garantir a segurança na vizinhança imediata (da Estônia) e em toda Europa", segundo o comunicado divulgado.

O governo celebrou a decisão de Washington de aumentar em US$ 1,4 bilhão o programa European Reassurance Initiative, destinado a aumentar a presença militar americana. Esse programa foi adotado após a anexação da Crimeia por parte da Rússia em 2014.

Agenda intensa
Na segunda-feira (31), Pence se reúne com a presidente estoniana, Kersti Kaljulaid, e com seus homólogos Dalia Grybauska;te (Lituânia) e Rajmonds V;jonis (Letônia). Depois visitará soldados de um dos quatro batalhões da força Enhanced Forward Presence, instalada pela Otan no Leste Europeu.

Amanhã à tarde, já em Tbilisi, em encontro com o presidente georgiano, Guirgui Markvelashvili, Pence deve manter o mesmo discurso, repetindo a dose no dia seguinte, com o primeiro-ministro Guirgui Kvirikashwili.

A partir de terça-feira à tarde, estará em Podgorica, onde se reúne com dirigentes de Montenegro - incorporado à Aliança Atlântica em 5 de junho passado.

Na quarta, o vice americano participará da cúpula da Carta Adriática. Além de Estados Unidos e Montenegro, fazem parte Croácia, Bósnia-Herzegovina, Albânia e Macedônia. O objetivo dessa associação criada em 2003 é preparar a adesão de seus membros à Otan.

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