Jornal Correio Braziliense

Mundo

Engenheiro do Google defende predomínio masculino no Vale do Silício

A nota, considerada "sexista" pela imprensa americana, reavivou o atual debate sobre a existência de uma "cultura sexista e de assédio" no conglomerado de tecnologia, amplamente dominado pelos homens


"Não é um ponto de vista que a empresa e eu mesmo respaldemos, promovamos ou incentivamos", respondeu em um e-mail aos funcionários Danielle Brown, diretora da área de diversidade, que trabalhava na Intel e foi contratada pelo Google há apenas um mês. De acordo com sua mensagem, o debate interno na empresa está estimulado pelos "princípios de igualdade no emprego, que podem ser observados em nosso código de conduta, nossas políticas e nossas normas antidiscriminatórias".

Mas ela destaca que o Google sempre defendeu "uma cultura na qual aqueles que têm pontos de vista diferentes, inclusive políticos, sintam-se seguros de poder expressá-los". Procurada pela AFP, a empresa não fez comentários. Não foi possível saber se o grupo pensa em adotar alguma medida contra o engenheiro. A publicação da nota pelo site Motherboard aconteceu após vários escândalos e demissões vinculadas à ausência de diversidade em empresas emblemáticas do Vale do Silício, como Uber.