Agência France-Presse
postado em 09/08/2017 17:49
Um irmão do falecido líder venezuelano Hugo Chávez e outros sete políticos na Venezuela foram sancionados nesta quarta-feira (9/8) pelos Estados Unidos por sua relação com a polêmica Assembleia Constituinte, impulsionada pelo presidente Nicolás Maduro.
O Departamento do Tesouro aplicou medidas financeiras contra Adán Chávez, Francisco Ameliach, Erika Farías, Carmen Meléndez, Ramón Vivas, Hermann Escarra, Tania D;Amelio e Bladimir Lugo, por estarem envolvidos de alguma maneira com a Constituinte que rege a Venezuela desde sexta-feira (4/8) com poderes absolutos, enfrentando um amplo rechaço internacional.
"O presidente Maduro instalou esta Assembleia Constituinte ilegítima para ampliar ainda mais sua ditadura e continua estreitando seu controle sobre o país", indicou o secretário do Tesouro, Steven Mnuchin, citado em comunicado que anuncia as novas medidas contra os oito políticos.
[SAIBAMAIS]"O desprezo deste regime pela vontade do povo venezuelano é inaceitável", acrescentou, destacando o apoio dos Estados Unidos à "oposição à tirania".
As sanções supõem um congelamento de todos os bens que estas pessoas tenham sujeitos à jurisdição dos Estados Unidos, e proíbe que cidadãos americanos faça negócios com eles.
O Escritório de Controle de Ativos Estrangeiros do Departamento do Tesouro (OFAC) aplicou estas medidas em cumprimento de um decreto de 2015, que autoriza sanções contra funcionários e ex-funcionários do governo da Venezuela e de outros que socavem a democracia neste país.
O governo de Donald Trump sancionou Maduro em 31 de julho, e já havia feito o mesmo com 13 funcionários e ex-colaboradores do presidente venezuelano, acusados de quebrar a democracia, incorrer em corrupção ou violar os direitos humanos.