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CEOs abandonam Trump após pronunciamento brando sobre Charlottesville

Depois de se limitar a culpar "ambas as partes" pela violência em declarações no sábado, Trump se pronunciou ontem mais claramente sobre o episódio


"Vai ter mais tempo para se dedicar a reduzir o preço totalmente abusivo dos medicamentos", ironizou o presidente em tuíte a Frazier. Horas depois, o fundador e CEO da Under Armour, Kevin Plank, também anunciava sua saída do painel.

"A Under Armour está comprometida com a inovação e com os esportes, não com a política", disse Plank em um comunicado, no qual garantiu que "continuarei dedicando meus esforços para inspirar as pessoas que possam fazer qualquer coisa pelo poder do esporte, o qual promove unidade, diversidade e inclusão".

O CEO da Intel, Brian Krzanich, que manifestou sua irritação com a violência em Charlottesville, também deixou o painel. Em nota, alegou que quer "chamar a atenção para o sério dano que o dividido clima político está causando em assuntos cruciais". "Renuncio porque quero que se avance, enquanto muitos em Washington parecem mais preocupados com atacar quem quer que se expresse em desacordo com eles", completou.

Trump já havia sofrido uma baixa de peso, com a deserção de empresários de alto perfil em outro painel que assessora a Presidência. A saída aconteceu depois que o republicano anunciou, em 1; de junho, a retirada dos Estados Unidos do Acordo de Paris contra a Mudança Climática.

Nessa ocasião, renunciaram os CEOs da Disney, Bob Iger, e da Tesla Motors, Elon Musk, somando-se ao ex-presidente da Uber, Travis Kalanick. Este último já havia deixado o painel em fevereiro após o decreto anti-imigração sancionado por Trump.