Agência France-Presse
postado em 19/08/2017 18:31
Três policiais da cidade mexicana de Salamanca, no estado de Guanajuato, foram sequestrados por um comando armado enquanto faziam uma patrulha e seus corpos foram encontrados neste sábado, informou a Procuradoria local.
Na noite de sexta-feira, os policiais faziam rondas na comunidade de Valtierrilla quando "homens armados e encapuzados" os interceptaram e os obrigaram a abandonar as suas duas patrulhas para sequestrá-los em seus veículos, informou Rocío Mayo, da Procuradoria local.
Após uma operação frustrada para localizar os agentes, na madrugada deste sábado, em uma via rural do município Jaral del Progreso, "foram encontrados três corpos do sexo masculino, algemados e apresentavam ferimentos por arma de fogo", acrescentou.
"De acordo com as características físicas, correspondem aos policiais", disse Mayo.
Este é um fim de semana violento em Guanajuato, pois além dos três policiais, outras 13 pessoas foram assassinadas nas últimas 24 horas.
No início de agosto, o diretor de polícia da cidade de Celaya, J. Santos Juárez, foi assassinado junto com a sua escolta.
Guanajuato é disputado pelos cartéis Jalisco Nueva Generación, o poderoso Sinaloa e Los Zetas, embora registre menores índices de violência do que outros estados do norte, como Tamaulipas ou Chihuahua.
E, neste sábado, na capital de Chihuahua, foram encontrados em plena rua os cadáveres de quatro pessoas.
"Os corpos de quatro homens que foram deixados sem vida, com a cabeça dentro de sacolas plásticas e com as mãos e pés presos, foram encontrados na madrugada deste sábado por moradores da cidade de Chihuahua", informou à AFP a Procuradoria local.
Os corpos foram encontrados empilhados na rua de uma segmentação habitacional, no norte da cidade, em direção à estrada que liga com Ciudad Juárez, fronteiriça com os Estados Unidos.
Tinham as cabeças dentro de sacolas plásticas e um deles estava seminu.
Este tipo de crime se tornou comum em Chihuahua de 2008 a 2014, época mais violenta da guerra entre os cartéis de Juárez e Sinaloa.
Mais de 177.000 pessoas foram assassinadas e 30.000 estão desaparecidas no México desde que o governo federal lançou uma operação militar contra as drogas em 2006, segundo cifras oficiais que não especificam quantos casos estariam relacionados ao crime organizado.