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Suspeitos dos atentados na Catalunha comparecem à justiça

A Espanha não vivia um episódio parecido desde março de 2004, quando uma série de bombas explodiram em trens em Madri, deixando 191 mortos, em um ataque reivindicado pela Al-Qaeda


Quando foi confrontado, o suspeito "abriu o casaco e parecia usar um cinturão de explosivos, que eram falsos", relatou o delegado-chefe da polícia catalã, Josep Lluis Trapero. Abouyaaqoub gritou "Alá é grande" antes que os agentes o matassem.

Homenagens
Na cidade catalã, a mais turística da Espanha, as homenagens às vítimas se multiplicaram, com altares improvisados, flores e velas ao longo de Las Ramblas. A Espanha não vivia um episódio parecido desde março de 2004, quando uma série de bombas explodiram em trens em Madri, deixando 191 mortos, em um ataque reivindicado pela Al-Qaeda.

Na véspera, centenas de muçulmanos se manifestaram em repúdio ao terrorismo. "Somos muçulmanos, não terroristas", lia-se em um de seus cartazes. O presidente do governo espanhol, Mariano Rajoy, fez um chamado à unidade, em um contexto de divisão entre Madri e Barcelona por conta do desejo do governo catalão de se separar, tendo como objetivo organizar um referendo sobre a independência em 1; de outubro.

"Se queremos ser verdadeiramente eficazes contra o terrorismo, precisamos estar unidos", escreveu Rajoy em um editorial publicado em jornais espanhóis, antes de reunirem todos os partidos políticos em Madri para mostrar uma condenação unânime ao terrorismo.

Quatro dias após os ataques, as 15 vítimas fatais, sete mulheres e oito homens, foram identificados: cinco espanhóis, entre eles uma criança de três anos, um hispano-argentino, três italianos, dois portugueses, um belga, um americano, um canadense e um menino australiano-britânico de sete anos. Continuam hospitalizadas 48 pessoas, das quais oito estão em situação crítica e 12 em estado grave, segundo o último balanço da Proteção Civil na Catalunha.