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Furacão Harvey ameaça provocar um 'desastre' no Texas

Por volta de meio-dia de sexta-feira (25/8), o Harvey se deslocava como furacão de categoria dois e com ventos de 175 Km por hora, 165 km ao sudeste de Corpus Christi, no Texas

Agência France-Presse
postado em 25/08/2017 14:54

Por volta de meio-dia de sexta-feira (25/8), o Harvey se deslocava como furacão de categoria dois e com ventos de 175 Km por hora, 165 km ao sudeste de Corpus Christi, no Texas

O furacão Harvey ganhou força e passou à categoria quatro nesta sexta-feira, poucas horas antes da sua chegada prevista à costa do Texas, no sul dos Estados Unidos, informaram meteorologistas americanos.

[SAIBAMAIS]Harvey registrava ventos de 215 km/h, que "se estendiam pelo centro da costa do Texas", disse o Centro Nacional de Furacões (NHC), com sede em Miami.

Seu olho tocará terra entre a noite de sexta-feira e a manhã de sábado, e o governador do Texas, Greg Abbott, pediu ao presidente Donald Trump que declare o estado de catástrofe natural no estado diante do "grande desastre" que o furacão poderia provocar.

A medida, que permitiria desbloquear fundos federais antes de que o Harvey toque as costas do Texas, está sendo avaliada por Trump, informou Tom Bossert, seu assessor de segurança interna.

Por volta de meio-dia de sexta-feira (25/8), o Harvey se deslocava como furacão de categoria dois e com ventos de 175 Km por hora, 165 km ao sudeste de Corpus Christi, no Texas

"Não cometamos os mesmos erros que Bush com Katrina", pediu o senador republicano Chuck Grassley a Trump. "A falta de previsão por parte do governo federal em 2005, durante o furacão Katrina, ainda está na memória do todo mundo", acrescentou.

Enquanto isso, Abbott mobilizou mil funcionários da guarda nacional do Texas para lidar com esta contingência.

Milhares de habitantes da costa do Golfo dos Estados Unidos receberam nesta sexta-feira ordens de evacuação, pois se teme que o furacão provoque inundações "devastadoras e ameaçadoras para a vida" em uma área em que as refinarias processam sete milhões de barris de petróleo por dia.

Às 19H30 GMT (16H30 em Brasília), Harvey estava a cerca de 120 km de cidades costeiras como Corpus Christi, que será a primeira em sua trajetória, e avançava a 17 km/h.

Muitos condados e cidades no Texas ordenaram a evacuação, enquanto outros, como Corpus Christi, a recomendaram.

"O Texas está a ponto de sofrer um desastre muito grande", disse à CNN Brock Long, diretor da agência federal de gestão de emergências (FEMA). "A janela de evacuação está se fechando rapidamente", alertou.

Corpus Christi, que concentra a maioria das refinarias do Texas e aonde o furacão chegará na noite de sexta ou na madrugada de sábado, emitiu ordens de evacuação voluntária, enquanto as evacuações foram obrigatórias nos povoados costeiros de Port Aransas e Aransas Pass.

Autoridades de Houston, cidade que também está na trajetória prevista da tempestade, ordenaram o fechamento das escolas até segunda-feira.

Centro petroleiro

Harvey provocará 89 cm de chuva em algumas regiões do Texas de sexta-feira até quarta-feira da semana que vem.

"Esperam-se inundações catastróficas em partes do sul e sudeste do Texas", advertiu o NHC.

Long, o chefe da FEMA, disse que o perigo maior são as ondas, que podem subir entre 1,8 e 3,7 metros sobre o nível regular do mar nas zonas mais afetadas da costa do Texas.

Com um terço da capacidade de refinação petroleira do país sob ameaça, várias companhias de energia evacuaram seus funcionários das plataformas de petróleo e gás no chamado "Refinery Row", o corredor de refinarias.

A tempestade atingirá a vizinha Luisiana durante vários dias e pode afetar seriamente Nova Orleans. O governador John Bel Edwards disse que falou com o presidente Donald Trump, que "ofereceu todo o seu apoio".

"Isto durará até a próxima semana", disse Edwards à imprensa, "o que faz com que seja particularmente perigoso".

O governador emitiu uma declaração de emergência para todo o estado.

Em Nova Orleans, onde o furacão Katrina provocou graves inundações e causou a morte de mais de 1.800 pessoas em 2005, o prefeito Mitch Landrieu disse a jornalistas que várias equipes de resgate estavam preparadas para a eventualidade, mas que ainda não foram previstas evacuações.

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