Agência France-Presse
postado em 02/09/2017 14:06
Três suicidas disfarçados de agentes das forças de segurança atacaram, neste sábado (2), uma usina elétrica ao norte de Bagdá, matando sete pessoas e ferindo outras 12, informaram à AFP autoridades locais e um sobrevivente. O grupo Estado Islâmico (EI) reivindicou a autoria do ataque.
"Às 02h00 (20h00 de sexta-feira no horário de Brasília), fomos despertados por tiros", declarou Abdel Salam Ahmed, um funcionário da central de Samarra, cerca de 100 quilômetros ao norte de Bagdá.
"Corremos para escapar e nos deparamos com um dos (jihadistas). Alguns de nós se esconderam e dois correram para a saída. Eles gritaram ;nós somos funcionários;, mas os jihadistas os mataram", informou em seu leito no hospital, onde está sendo tratado por feridas de bala em suas pernas.
[SAIBAMAIS]Os três terroristas suicidas usavam cintos explosivos sob "uniformes militares", indicou o general Qassem al-Tamimi, chefe das forças de segurança responsáveis %u200B%u200Bpela proteção de instalações elétricas e petrolíferas. Eles mataram "sete pessoas e feriram mais 12", de acordo com um policial, que pediu para não se identificar.
Um suicida conseguiu detonar seus explosivos, enquanto os outros dois "foram mortos e os funcionários evacuados", após a intervenção das forças de segurança, acompanhadas por uma unidade paramilitar nas proximidades, explicou a mesma fonte. A usina não parou de funcionar, segundo o general Tamimi.
Dentro do prédio, os pré-fabricados onde os funcionários descansavam foram destruídos nas explosões, enquanto vários caminhões-tanque foram danificados. Este ataque ocorre no primeiro dia de celebrações para os xiitas do Iraque da festa muçulmana do Eid al-Adha. Em 2014, o EI conquistou amplos territórios no Iraque, mas, desde então, tem perdido terreno e só controla dois redutos no país. No entanto, a organização jihadista conduz regularmente ataques em cidades retomadas pelas autoridades iraquianas.