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Líder da oposição no Camboja é indiciado por "traição e espionagem"

Ele será julgado por "um plano secreto e uma conspiração urdida com estrangeiros", anunciou o tribunal de Phnom Penh. O crime de "traição e espionagem" pode resultar em uma pena de 30 anos de prisão

Agência France-Presse
postado em 05/09/2017 08:16
Phnom Penh, Camboja - O líder da oposição Kem Sokha, detido no domingo passado no Camboja, foi indiciado nesta terça-feira (5/9) por "traição e espionagem", em uma nova tentativa do governo de amordaçar os opositores antes das eleições de 2018. Kem Sokha, 64 anos, é o líder do principal partido de oposição. O outro dirigente da formação está exilado na França para escapar de várias condenações.

Ele será julgado por "um plano secreto e uma conspiração urdida com estrangeiros", anunciou o tribunal de Phnom Penh. O crime de "traição e espionagem" pode resultar em uma pena de 30 anos de prisão.


A detenção provisória de Kem Sokha no domingo aumentou a tensão no país do sudeste asiático, onde a oposição, diversas ONGs e a imprensa são vítimas, há vários meses, de perseguição e ameaças do governo do primeiro-ministro Hun Sen.

Aos 65 anos, Hun Sen, que governa o Camboja há 32 anos, está determinado a permanecer no poder, apesar da popularidade crescente do principal partido da oposição, o Cambodge National Rescue Party (CNRP), consequência do descontentamento da população com a corrupção e a desigualdade.

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