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Militares brasileiros continuam no Haiti por causa do Furacão Irma

As tropas da Minustah encerraram oficialmente as operações militares no dia 30 de agosto e estão, no momento, em preparação para a desativação completa da missão até 15 de outubro

postado em 07/09/2017 19:58
O Secretariado das Nações Unidas autorizou a extensão excepcional das operações humanitárias das tropas brasileiras na Missão das Nações Unidas para a Estabilização no Haiti (Minustah), em razão da passagem do Furacão Irma pelo Norte do país, prevista para hoje (7/9) e amanhã (8/9).

As tropas da Minustah encerraram oficialmente as operações militares no dia 30 de agosto e estão, no momento, em preparação para a desativação completa da missão até 15 de outubro.

Nesta manhã, pelo menos oito pessoas morreram e cerca de 20 ficaram feridas na parte francesa da ilha de San Martín, no Caribe, por causa do Furacão Irma, de acordo com informações do tenente-coronel Vincent Boichard, um dos responsáveis da proteção civil.
Diante da gravidade e a excepcionalidade da situação, bem como do histórico de cooperação diante de desastres naturais no Haiti, parte do contingente brasileiro foi deslocado preventivamente para a região que se encontra na rota do furacão, de forma a minimizar seu impacto por meio de orientação à população e prestação de ajuda humanitária imediata.

Segundo o Ministério das Relações Exteriores, o governo brasileiro acompanha com atenção as notícias sobre a passagem do Furacão Irma e reafirma solidariedade ao povo e ao governo do Haiti.


Caribe

O Irma atingiu as ilhas do Caribe na manhã dessa quarta-feira, em Antígua e Barbuda. Depois, passou por São Martin e Ilhas Virgens, e seguiu seu trajeto em direção a Porto Rico, República Dominicana e Haiti. O trajeto exato do centro do furacão é incerto, mas a expectativa é que sua passagem pelo Caribe tenha impactos também em Cuba, embora com menos intensidade.

Segundo o Centro Nacional de Furacões do governo dos Estados Unidos, o Irma está entre os cinco mais poderosos furacões do Atlântico dos últimos 80 anos, e é o mais forte do oceano a sair do mar do Caribe e do Golfo do México e atingir a costa. O fenômeno já atinge 295 quilômetros por hora durante os picos.


Flórida

No final de semana, o furacão deve passar pela região que abrange Flórida, Porto Rico e Ilhas Virgens. O Irma pode ser pior do que o furacão Andrew, que devastou a Flórida em 1992. Ele é o segundo furacão de grande intensidade a atingir o sul dos Estados Unidos nesta temporada, depois do Harvey, que provocou destruição no Texas e deixou mais de 60 mortos e prejuízos de US$ 180 bilhões. Brasileiros que estão na Flórida se preparam para a passagem do furacão.

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