Agência France-Presse
postado em 19/09/2017 20:32
O presidente da Venezuela, Nicolás Maduro, acusou seu homólogo americano, Donald Trump, de tê-lo ameaçado de morte durante o discurso proferido nesta terça-feira na Assembleia Geral das Nações Unidas.
"Donald Trump hoje ameaçou de morte o presidente da República Bolivariana da Venezuela", disse Maduro para centenas de partidários após uma "passeata anti-imperialista" em Caracas.
"A agressão do novo Hitler da política internacional, do senhor Donald Trump, contra o povo da Venezuela, a supremacia racial, imperial, hoje se manifestou".
Da varanda do Palácio Presidencial de Miraflores, Maduro também acusou Trump de ter lançado uma "baforada de ódio e guerra" contra a Venezuela em seu discurso na Assembleia Geral da ONU.
"Fanfarrices! Que Donald Trump engula suas palavras (...), passará a história e a revolução bolivariana sempre estará aqui, de pé", afirmou Maduro.
Diante de 130 líderes mundiais, Trump definiu nesta terça-feira o governo Maduro como uma ditadura socialista "inaceitável", e garantiu que ajudará os venezuelanos a restaurar a democracia.
"Não podemos ficar à margem e apenas observar", disse Trump, que já impôs sanções financeiras à Venezuela e a Maduro, e não descarta uma "opção militar" diante da grave crise política e econômica venezuelana.
Segundo Maduro, o presidente americano pensa "que a Venezuela é um prédio de Nova York e que ele pode chantagear os moradores para vender seus apartamentos, o seu país".
Mas a "Venezuela não é uma imobiliária de Nova York, é a terra que pariu os homens e mulheres mais heroicos desta terra".