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México intensifica esforços para encontrar crianças em escola

Vinte e uma crianças morreram na escola Enrique Rebsamen, na zona sul da Cidade do México, uma das áreas mais afetadas pelo terremoto de 7,1 graus


A retirada dos escombros era cirúrgica. As autoridades mediam com cuidado as hastes de metal que eram colocadas para sustentar a construção. Em vários momentos os socorristas ficavam com o punho em riste, sinal para pedir silêncio, registrado em toda da Cidade do México. Eles prestavam atenção para detectar algum sinal de vida ou falar com os voluntários que entravam nos escombros.

O silêncio se prolongava por até meia hora. Os socorristas permaneciam atentos, parados, com grande expectativa e sussurros entre eles. "Estamos trabalhando com câmeras térmicas e cães farejadores. No momento estamos em silêncio absoluto para ouvir os sobreviventes. Eles podem gritar ou bater nas paredes", disse à AFP Pamela Díaz, de 34 anos, que desde terça-feira trabalha no resgate.

O local virou o símbolo da tragédia no país. "Não há poder humano que possa imaginar o que estou passando", desabafou Adriana Fargo, enquanto aguardava notícias da filha de sete anos desaparecida sob as ruínas da escola Enrique Rebsamen.

Na terça-feira à tarde, o centro do México foi sacudido por um tremor de 7,1 graus, no mesmo dia em que o devastador terremoto de 1985 completava 32 anos. Até o momento, 233 pessoas morreram no tremor.